PF investiga fraudes de R$ 245 milhões de empresas de lixo na gestão de Arthur Neto em Manaus - Mix de Notícias

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PF investiga fraudes de R$ 245 milhões de empresas de lixo na gestão de Arthur Neto em Manaus

Foto: Montagem/Victória Louzada/ Mix de Notícias
A gestão do ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (sem partido), está na mira da Receita Federal, Polícia Federal (PF), e Ministério Público Federal, que investigam nesta segunda-feira (20), empresas supostamente de fachada que a gestão dele contratou, para prestar serviços de lixo na cidade, além, da emissão de R$ 245 milhões em notas fiscais “frias”, que são notas falsas para declarar a venda de mercadorias ou a prestação de serviços que nunca existiram.

Na manhã desta segunda, os órgãos deflagraram a 'Operação Entulho' para combater o esquema fraudulento no ramo de empresas de coleta de lixo e limpeza pública em Manaus, onde estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão para obter provas relativas às operações fraudulentas utilizadas para esconder a ocorrência de sonegação fiscal, obtenção de notas fiscais “frias” e lavagem de dinheiro.

Além disso, a operação, os órgãos envolvidos apuram prática de diversos crimes, tais como: sonegação fiscal, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em residências de investigados e em empresas supostamente ligadas à organização criminosa e ao esquema fraudulento.

"As investigações tiveram início há três anos, quando foram detectados indícios de que empresas que atuam no ramo de coleta de lixo e limpeza pública comercializaram com empresas de fachadas, consistindo na contabilização de despesas, produzidas a partir de notas fiscais de mercadorias e notas fiscais de serviços frias", declarou a PF em nota divulgada à imprensa.

A PF identificou a participação de pelo menos 31 empresas que seriam de fachada, escritório de contabilidade, além de seus respectivos sócios e empregados das empresas de coleta de lixo e limpeza pública.

Essas empresas emitiram notas fiscais suspeitas de serem inidôneas, entre os anos-calendário de 2016 e 2021, no valor total de R$ 245 milhões, com sonegação fiscal estimada em mais de R$ 100 milhões entre tributos federais, desconsiderando-se multa e juros, posto que tais transações acarretaram a geração de créditos indevidos de PIS e Cofins, bem como reduziu as bases de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.

Foram expedidos pela 2ª Vara Criminal/SJAM – Especializada no Julgamento de Crimes de Lavagem de Capitais, contra o Sistema Financeiro e Cometidos por Organizações Criminosas 13 mandados de busca e apreensão, além de mandados de prisão.

Arthur Neto ainda não se pronunciou sobre a investigação.

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