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MPF denuncia presidente do Flamengo por gestão fraudulenta

 

Rodolfo Landim é o atual presidente do Flamengo (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou, nesta quarta-feira (28), o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, por gestão fraudulenta. Outras quatro pessoas estão envolvidas no caso, inclusive o ex-presidente do BNDES, Demian Fiocca. Elas são acusadas de atuar em uma operação financeira que resultou em um prejuízo superior a R$ 100 milhões a fundos de pensão de funcionários de estatais.

Segundo o MPF, o esquema ocorreu entre 2011 e 2016. Landim e os demais acusados atuaram como representantes das empresas Maré Investimentos e Mantiq, instituições gestoras do Fundo de Investimentos em Participações (FIP) Brasil Petróleo 1, que recebeu recursos da Funcef (aposentados da Caixa), Petros (da Petrobras) e Previ (do Banco do Brasil).

A ação, que tramita na 10ª Vara da Justiça federal, revelou que as atuações dos acusados resultaram no prejuízo dos investidores, já que os gestores da Maré e da Mantiq participaram ativamente de negociações que driblaram a regulamentação do FIP, pois houve envio indevido de recursos ao exterior, o que não é permitido.

A realização de investimentos de fundos de pensão só pode ocorrer em empresas nacionais, mas Landim e os outros denunciados investiram na empresa americana Deepflex. O dinheiro foi irregularmente enviado ao exterior. Posteriormente, segundo apurou o MPF, a empresa incidiu em falência, fazendo desaparecer todo o recurso financeiro que havia recebido.

Para mascarar a operação irregular, houve a criação das companhias Brasil Petróleo e Participações SA e Deepflex do Brasil. O dineheiro era enviado para essas entidades, que remetiam para o exterior.

"Por todo o exposto, conclui-se que os acusados Luiz Rodolfo Landim Machado, Demian Fiocca, Nelson José Guitti Guimarães, Geoffrey David Cleaver e Gustavo Peixoto concorreram, conjuntamente, para a prática do crime previsto no art 4º, caput, da Lei 7.492/1986, ao atuarem ardilosamente para permitir o investimento em empresa estrangeira", diz o procurador Anselmo Lopes, na denúncia.

Em caso de condenação, Landim e os demais acusados estão sujeitos à pena de três a 12 anos de prisão, além do pagamento de multa. Como a pena mínima é inferior a quatro anos, o MPF propôs aos investigados um Acordo de Não Persecução Penal, a partir da reparação integral do prejuízo. 






Fonte: SBT Esportes

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