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“Acredito que ele aproveitava qualquer situação”, diz madrasta ao relatar que já havia suspeitado do estudante acusado de abusar de 4 crianças

Foto: Reprodução
A família do estudante de medicina Marcos Vitor Dantas Aguiar Pereira, indiciado por estupro de vulnerável, ainda tenta entender como um jovem, de 22 anos, tímido e quieto abusou de quatro crianças, duas delas suas irmãs de 3 e 9 anos de idade.

Identificada apenas como P.L., a madrasta de Marcos tenta entender os últimos acontecimentos da vida do enteado. Ela o conheceu quando ele ainda tinha 8 anos e passou a conviver na mesma casa quando ele tinha 11.

“Uma vez um Instagram de medicina postou uma foto de um bebê com um tumor na região sacral. Aí, ele veio me perguntar se eu tinha a foto original porque naquela estava a parte dos genitais. Ele queria ver as partes das crianças. Eu não tinha prestado atenção de jeito nenhum porque era um tumor tão grande que você nem reparava no resto. Eu pensei: ‘meu Deus, será que esse menino é pedófilo?’ Eu não sabia de nada, mas aquilo ficou na minha cabeça”, disse a madrasta, em entrevista ao jornal O Globo.

Quando eram cometidos os abusos?

O estudante de medicina costumava chamar, de acordo com P.L., as irmãs para jogar videogame com ele. A menina, que não teve a identidade e nem a relação com o jovem divulgada pela reportagem, acredita que esse não era o único momento que ele usava para abusar das crianças.

Ele também é acusado de abusar de uma prima, filha de uma irmã da madrasta. Além dela, uma quarta criança da família também teria sido molestada.

A primeira a denunciar foi a sobrinha de P.L., hoje com 13 anos, que se recorda que a primeira vez foi durante uma viagem de toda a família para o Uruguai, há mais de 10 anos.

A adolescente, que sofre de depressão e usa remédio desde os 6 anos, acredita que tenha sido abusada dos 5 aos 10 anos. “Acredito que ele aproveitava qualquer situação. Onde nos reuníamos, na casa dos avós paternos, na casa de praia da minha mãe, em qualquer lugar que ficasse a sós com uma criança”, diz.

Fim de uma família

P.L. separou-se do marido que, de acordo com ela, suporta todas as informações sobre o filho “à base de remédios”.

O rapaz ainda não compareceu para depor na Polícia Civil de Teresina, no Piauí. As crianças foram ouvidas na Justiça para que não tenham que ser submetidas duas vezes a um depoimento extremamente traumatizante.

Procurado, o advogado de Marcos Vitor informou que ele não se pronunciaria pelo fato de o processo correr em sigilo de Justiça e envolver menores. O estudante não foi declarado oficialmente foragido, mas a polícia ainda não conseguiu notificá-lo.

Em relato ao jornal O Globo, P.L. afirmou que a filha mais velha desenvolveu quadro de transtorno mental. “Ela passou a sofrer de ansiedade e passou a ter muita vergonha em se trocar (tirar a roupa)”, relata. Já a criança mais nova, de 3 anos, teve depoimento colhido e está sendo acompanhada por uma equipe de psicólogos. Segundo a mãe, ela não sabia pronunciar as partes do corpo que teve tocadas pelo agressor, que vivia na mesma casa.

O crime cometido por Marcos Vitor Dantas Aguiar Pereira está em posse de investigação por parte da Polícia Civil por meio da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

* Com informações do Metrópoles

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