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Prefeitura de Manaus prepara novo diagnóstico da infestação do Aedes aegypti

 

O 2º Diagnóstico de Infestação do Aedes aegypti, do ano de 2021, será realizado pela Prefeitura de Manaus no período de 8 a 23/11. A estratégia de ação inclui a vistoria de 25.890 imóveis, selecionados por amostragem, nos 63 bairros da capital, para identificar, eliminar ou tratar os criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da transmissão da dengue, zika e chikungunya. O trabalho será executado por 286 profissionais da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), entre Agentes de Controle de Endemias, Agentes Comunitários de Saúde, motoristas, supervisores e coordenadores de equipes.

Segundo a secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, as ações serão desenvolvidas de segunda-feira a sábado, por equipes dos Distritos de Saúde (Disa) Sul, Leste, Oeste e Norte, e têm como objetivo final identificar o nível de risco de infestação do Aedes em Manaus e em cada bairro ou zona urbana da cidade, que pode ser baixo, médio ou alto. 

“Com a identificação dos locais de maior infestação e, portanto, de maior risco para dengue, zika e chikungunya, a Prefeitura de Manaus terá informações atualizadas para direcionar as ações de prevenção e controle de forma mais efetiva”, informa Shádia Fraxe. 

O chefe do Núcleo de Controle da Dengue da Semsa, Alciles Comape, lembra que o Diagnóstico de Infestação do Aedes aegypti é mais uma das várias estratégias executadas pela Semsa para o controle do mosquito, buscando controlar a ocorrência das doenças. 

“Também são realizadas ações de Educação em Saúde junto aos moradores sobre os sintomas das doenças, como fazer a prevenção e como eliminar possíveis focos do mosquito dentro das residências, assim como é feita a distribuição de capas protetoras para depósitos de água. A Semsa também faz o monitoramento permanente das notificações de casos suspeitos para que sejam realizadas ações pontuais nas comunidades com eliminação dos potenciais criadouros e de controle vetorial, interrompendo a cadeia de transmissão”, relata Alciles Comape. 

O primeiro diagnóstico de infestação do Aedes deste ano foi realizado no mês de junho, quando o índice geral de Manaus permaneceu em médio risco. Mas houve a identificação de 25 bairros em alta vulnerabilidade, 28 em médio risco e dez bairros classificados com situação de baixa vulnerabilidade. 

“A partir dessas informações, foi possível realizar diversas ações nos locais de grande risco. Em junho deste ano, o número de casos confirmados das doenças transmitidas pelo Aedes em Manaus chegou a 441, em agosto foram 209 casos, em setembro o número ficou em 104 casos, com o mês de outubro registrando 38 casos”, afirma Alciles. 

Apesar da redução nos últimos meses, a notificação de casos confirmados de dengue, zika e chikungunya em Manaus registrou aumento em relação ao ano passado. Entre janeiro e outubro de 2020, houve o registro de 791 casos confirmados das três doenças, já este ano, no mesmo período, houve o registro de 3.793 casos, representando um aumento de 379,51%. 

“No mês de novembro é iniciado o período sazonal para as doenças transmitidas pelo Aedes, quando há um maior volume de chuvas. E essa questão ambiental resulta em mais potenciais criadouros para o mosquito, que se reproduz em ambientes com água limpa e parada, facilitando a proliferação do Aedes e a disseminação de doenças”, alerta Alciles Comape.

 Como a maioria dos criadouros é encontrada em ambiente doméstico, a recomendação é que cada pessoa realize uma inspeção semanal no imóvel, para eliminar focos do mosquito, que tem um ciclo reprodutivo entre sete a 10 dias.

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