Equipe de Bolsonaro contrata ex-ministro do TSE como advogado para eleição
Foto: Adriano Machado/Reuters |
O PL contratou o ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Tarcísio Vieira de Carvalho Neto para atuar na campanha do presidente Jair Bolsonaro. O acordo foi feito nesta terça-feira (15) e confirmado à Folha por Carvalho Neto.
"Nesta tarde, foi sacramentada a contratação do nosso escritório para atuar na campanha eleitoral do presidente Jair Bolsonaro", disse o ex-ministro.
"Estamos muito honrados com a confiança depositada em nosso trabalho e esperamos dar cabo dos desafios que se avizinham", completou.
Enquanto a candidatura de Bolsonaro não for oficializada pela convenção do partido, o que deve ocorrer entre julho e agosto, de acordo com o calendário eleitoral, o escritório é contratado inicialmente pelo partido.
Carvalho Neto disse que encontrará o presidente quando ele retornar da Rússia, onde está para encontro bilateral com Vladimir Putin.
Também atuarão na campanha de reeleição do presidente os sócios do ex-ministro, Caroline Maria Vieira Lacerda e Eduardo Augusto Vieira de Carvalho Neto.
O agora advogado de Bolsonaro já conhece o presidente, porque foi reconduzido por ele para mais um mandato de dois anos na corte eleitoral em 2019.
Até hoje, a advogada Karina Kufa é quem atua em ações de Bolsonaro na Justiça Eleitoral.
Auxiliares do presidente comemoraram a contratação de um ex-integrante da corte eleitoral, uma vez que Bolsonaro precisará de boa interlocução com o TSE.
O chefe do Executivo faz constantes críticas às urnas eletrônicas. Além disso, no final de janeiro, a Polícia Federal concluiu que houve crime do presidente em sua atuação no vazamento de dados sigilosos de investigação de suposto ataque ao sistema do TSE.
A investigação foi aberta após o presidente divulgar o inquérito em live realizada no dia 4 de agosto. Bolsonaro nega que o caso fosse sigiloso.
Em outra frente, o presidente e seus aliados estão preocupados com o cerco contra o Telegram, aplicativo de mensagens amplamente utilizado pela militância bolsonarista.
A ferramenta entrou na mira do TSE, que passou a discutir a possibilidade de banimento do aplicativo. O aplicativo é alvo do TSE e está na mira de ao menos duas apurações, uma na Polícia Federal e outra no Ministério Público Federal.
Fonte: Folha de São Paulo
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