Bruno Pereira e Dom Phillips: Polícia Federal vê conflito em versões dos acusados
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Acusados e parentes dos suspeitos serão ouvidos novamente para explorar divergências em depoimentos
A Polícia Federal resolveu ouvir novamente os envolvidos na morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips após encontrar divergências nos depoimentos.
Bruno e Dom foram mortos a tiros em junho, no Vale do Javari, no Amazonas, e os restos de seus corpos foram quase 10 dias depois carbonizados e enterrados no meio da selva. Foram presos Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, que confessou o crime, seu irmão Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”, e Jeferson da Silva Lima, mais conhecido como Pelado da Dinha.
De acordo com a Polícia Federal, a principal inconsistência nos depoimentos é a forma como os corpos foram ocultados e nos detalhes sobre a execução de Dom e Bruno. Por isso, os agentes que investigam o caso pretendem ouvir novamente os presos para ver se eles mudam seus depoimentos. A PF acredita que alguns dos presos indiciados pela participação da ocultação dos corpos podem também ter participado da execução.
Serão ouvidos ainda o filho e dois irmãos de “Pelado”, que também foram presos, mas em uma operação por garimpo ilegal para tentar buscar novos indícios sobre o caso.
O peruano Rubens Villar Coelho, conhecido como Colômbia, é suspeito de ser o mandante da execução. Ele se encontra preso por falsificação de identidade e por suspeita de comandar uma quadrilha que lavaria dinheiro do narcotráfico por meio da pesca ilegal na região do Javari. Ele compraria o pescado ilegal de criminosos da região e o exportaria para outros países para lavar o dinheiro da droga produzida no Peru e na Colômbia. A Polícia Federal disse já ter conexões para ligar ele ao assassinato do jornalista e do indigenista.
Metro World News*
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