Manaus vai ofertar 18 imunizantes para atualizar calendário vacinal de crianças e adolescentes
Manaus vai intensificar a busca por crianças e adolescentes que estão com o calendário básico de vacinação incompleto. A partir desta segunda-feira (8), serão ofertados os 18 imunizantes que compõem o calendário. A ação faz parte da Campanha Nacional contra a Poliomielite e de Multivacinação, que ocorrerá até o dia 9 de setembro.
Promovida pelo Ministério da Saúde em todo o país, a campanha visa reverter o atual cenário de baixa cobertura vacinal e impedir o retorno de doenças imunopreveníveis já erradicadas.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), a oferta dos 18 imunizantes que compõem o calendário básico será reforçada nas 171 salas de vacinas, das 8h às 17h, e também em postos volantes que serão montados semanalmente nas unidades básicas de pequeno porte, conhecidas como “casinhas”.
Todos os endereços estão disponíveis no site da Semsa semsa.manaus.am.gov.br)
"A secretaria está trabalhando para buscar os jovens com esquema de vacinação incompleto, principalmente em relação ao imunizante contra a poliomielite, que tem como alvo as crianças menores de 5 anos de idade. Nossa meta é atingir 95% do público estimado de 141.139 crianças. Já na multivacinação, que inclui as demais vacinas, iremos trabalhar para alcançar o maior número possível de adolescentes de até 14 anos de idade", informou a subsecretária de Gestão da Saúde, Aldeniza Araújo de Souza.
As crianças e adolescentes devem estar acompanhados dos pais ou responsável, portando documento de identificação, cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) e o cartão de vacina.
"Para facilitar o acesso do público, iremos disponibilizar as vacinas em mais de 80 ‘casinhas’. Nossas equipes vão identificar o público com doses em atraso e vão encaminhá-lo a essas unidades, assim como esperamos que a população nos procure durante essa ação", acrescentou Aldeniza.
Proteção
Segundo a diretora do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica da Semsa (Devae), Marinélia Ferreira, a vacinação tem contribuído para o avanço na erradicação da poliomielite e na eliminação de doenças imunopreveníveis, como a rubéola e a Síndrome Rubéola Congênita (SRC). Apesar disso, a redução da cobertura vacinal observada nos últimos cinco anos contribuiu para a reintrodução do vírus do sarampo no Brasil e pode gerar o reaparecimento de outras doenças.
"A baixa cobertura vacinal está acontecendo em nível nacional por diversas questões, como disseminação de fake news, e essa campanha visa resgatar a cobertura de todos os imunizantes ofertados pelo Programa Nacional de Imunização (PNI). Também observamos a questão da não adesão de pais jovens, que nunca viram essas doenças e, por isso, acham que não é mais necessário vacinar, porém esse é um entendimento errado, porque essas doenças podem sim retornar", explicou Marinélia.
A gerente de Imunização da Semsa, Isabel Hernandez, lembrou que o vírus da poliomielite já está circulando novamente em outros países, e uma cobertura vacinal de 95% é o que garante proteção mínima para a população. Seguindo recomendação do Ministério da Saúde, não é mais necessário nenhum intervalo entre as vacinas do calendário básico e a vacina contra a Covid-19.
"A poliomielite é uma doença que deixa sequelas ou leva a óbito, e temos uma atenção especial voltada a ela por conta do aparecimento dela nas Américas. Precisamos ter um olhar diferenciado, porque desde 2017 a cobertura está muito baixa, então esse é o momento de resgatar essas crianças que não receberam vacina e deixá-las protegidas", afirmou Isabel
Fonte: G1
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