Jovem morre após sofrer golpe de jiu-jítsu durante treino
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Foto: Reprodução/TV Cabo Branco |
Gil Anderson era cabo do Exército, lotado no 15º Batalhão de Infantaria Motorizada, em Cruz das Armas. Ele era o caçula de uma família com quatro filhos, que morava perto do local onde ele treinava.
O caso ocorreu por volta das 19h30, no Centro de Referência da Juventude Ilma Suzete Gama, em Funcionários I. A unidade é parte de um projeto da Prefeitura de João Pessoa que promove atividades esportivas e culturais. O instrutor da aula de muay thai que iria começar ainda não havia chegado no momento em que os dois treinavam.
Segundo a Polícia Civil, Gil começou a passar mal após ele e o colega caíram no chão e Gil ter ficado por baixo. Ele foi socorrido pelo colega e por outras pessoas que estavam no local e levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cruz das Armas com um quadro de parada cardiorrespiratória.
A UPA informou que ele deu entrada já em estado gravíssimo e que, apesar de a equipe realizar todas as manobras de ressuscitação, ele não resistiu.
Delegado fala em 'fato acidental'
A Secretaria de Juventude, Esporte e Recreação de João Pessoa (SEJER) informou que o Centro de Referência da Juventude, no Funcionários I, é um espaço para promover a inclusão social, qualidade de vida e incentivo a formação esportiva.
"O local é cedido de forma voluntária para a comunidade e um dos projetos atendidos de forma gratuita é o de muay thai, que já existe há oito anos no bairro", informou em nota. A secretaria confirmou, ainda, que o caso ocorreu antes do início da aula e que todo o socorro foi prestado ao aluno.
O delegado que investiga o caso, Paulo Josafá, afirmou que "não houve dolo" do colega com quem Gil treinava, ou seja, não foi intencional.
"O fato é que, para que a aula fosse iniciada, era preciso que o professor estivesse presente, e eles iniciaram sem o professor chegar. Nos procedimentos investigativos iniciais, conversando com as pessoas do local de treino e com a equipe médica, se trata de um fato acidental, mas ainda vamos continuar a ouvir outras pessoas, inclusive o aluno que treinava com ele, para concluirmos a investigação preliminar”, disse delegado.
Paulo Josafá também falou sobre o procedimento feito após a vítima chegar ao hospital. “Ele sofreu uma broncoaspiração no impacto que teve do golpe, com um inchaço no pescoço. Conversando com a médica, houve uma tentativa de entubação, mas por causa do inchaço, não foi possível. A priori, vale ressaltar, não houve dolo por parte do companheiro [de treino] dele", afirmou.
A família não quis dar entrevistas, mas falou que ele treinava havia cerca de quatro meses no Centro de Referência da Juventude, e que não tinha inimizade com nenhuma pessoa que pudesse levar a conclusões de que o fato não tenha sido acidental.
O corpo foi levado para a Gerência de Medicina e Odontologia Legal de João Pessoa (Gemol) , e a previsão inicial era que seria liberado no fim da manhã desta sexta-feira. O velório vai acontecer em um cemitério particular no bairro do José Américo.
Fonte: G1
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