Saúde alerta para vacinação contra poliomielite após caso no Peru
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Foto – Henrique Souza / Semsa |
O Ministério da Saúde pediu que a vacinação contra a poliomielite seja intensificada, principalmente em municípios do Estado do Amazonas próximos à fronteira com o Peru. De acordo com a nota, há uma baixa adesão à vacinação no país. O pedido foi feito depois de um caso da doença ser registrado em uma criança no Peru.
O caso no Peru foi registrado em uma criança indígena de 1 ano e 4 meses. A criança teve febre, tosse, fraqueza e paralisia nas pernas no final de 2022. Segundo o governo peruano, os responsáveis optaram por adiar a aplicação da vacina. O documento ainda afirma que o caso só foi confirmado em 22 de março depois de análises feitas no Brasil pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
A família mora no Distrito de Manseriche, no Estado de Loreto, no Peru. O local fica a cerca de 500 km de distância da fronteira com o Brasil.
Depois do caso confirmado no Peru, a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) atualizou a situação epidemiológica do vírus na região. Na publicação, a organização ressalta a importância de manter uma cobertura vacinal contra a poliomielite superior a 95% para minimizar o risco de um surto.
O vírus que afetou o menino, segundo a Opas, se tratou de um derivado de vacinas. Era uma mutação do poliovírus vivo enfraquecido contido em uma vacina oral contra a poliomielite.
Desde 1989, não há casos registrados no Brasil de poliomielite. Em 1994, o país recebeu da OMS e da Opas a certificação de área livre de circulação do vírus. Entretanto, em 2022, a Comissão Regional de Certificação para a erradicação da poliomielite na região das Américas classificou o Brasil como região de “muito risco” para novos casos da doença.
A doença, que pode causar a paralisia infantil, é causada pelo poliovírus. O esquema vacinal completo e as doses de reforço em dia podem prevenir a doença. De acordo com o DataSUS, a taxa de vacinação contra a doença em Estados brasileiros varia de 51,62% (Amapá) a 85,43% (Santa Catarina). No Amazonas, é de 76,69%.
CASOS CAUSADOS PELA VACINA
Assim como se deu no Peru, surtos causados por mudanças dos vírus presentes nas vacinas foram relatados também em outros países, como o Burundi, na África. Segundo a rede de TV ABC, autoridades de saúde declararam um surto da doença no país pelos derivados do imunizante.
O governo local declarou uma emergência nacional de saúde pública. O plano é iniciar uma campanha de imunização nas próximas semanas para crianças de até 7 anos de idade.
Fonte: Poder 360
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