Animais silvestres não são pets; entenda os riscos de criar esses animais
Capivara, Filó, Agenor Tupinambá - REPRODUÇÃO/INSTAGRAM |
O caso da capivara Filó comoveu o coração dos internautas nas últimas semanas. O episódio teve diversas repercussões e envolveu grandes personalidades do Brasil, entre eles, políticos e influenciadores. Porém, diferente dos cachorros, gatos, galinhas e bois, que são animais domesticados, devemos lembrar que bichos silvestres não podem ser pets, para a própria saúde e preservação da espécie.
A Secretaria do Meio Ambiente da cidade de São Paulo se pronunciou sobre o assunto a pedido do RPet. A veterinária Mayra Frediani, da Divisão da Fauna Silvestre, detalhou as razões pelas quais os bichos selvagens não são animais domésticos.
"Cão, gato, galinha e o boi são exemplos de animais domésticos. No caso do cão, se fala entre 10 mil a 40 mil anos de coevolução, convivendo com a gente, moldando a espécie para chegar no que a gente tem hoje", exemplificou Frediani.
"Animais silvestres não passaram por esse processo brutal, longo e, por isso, têm o seu comportamento e sua fisiologia mais preservados. Assim, uma vida em cativeiro, com a nossa convivência, vai ser muito mais drástico para essas espécies", continuou.
Doenças e falta do ambiente natural
Segundo a veterinária, chega a ser problemático do ponto de vista sanitário domesticar papagaios, macacos, jabutis e capivaras, como a Filó, entre outros animais silvestres. "Porque favorece a transmissão de doenças entre espécies, incluindo as zoonoses", disse.
Além disso, é quase impossível proporcionar a estes bichos a complexidade do ambiente natural que ele viveria. "Tanto em termos de espaço, como em termos de alimentação, da diversidade, a sazonalidade dos itens alimentares que esse animal encostraria na natureza. Interação social, convivência com animais da mesma espécie e espécies diferentes que ele, naturalmente, iria conviver", enumera Frediani.
Fonte: R7
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