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Por apoio no Congresso, governo Lula dá o dobro de verbas da Saúde a novatos e cria atrito com reeleitos

Foto: Poder360

 Para construir uma base consistente no Congresso, a articulação do governo Lula (PT) oferece até o dobro de verbas aos congressistas recém-chegados do que disponibiliza àqueles reeleitos. A estratégia criou atrito e descontentamento junto aos parlamentares que renovaram seus mandatos em 2023, dificultando a consolidação de apoio.

Os valores para senadores reeleitos oscilam de R$ 15 milhões a R$ 20 milhões e entre os novatos de R$ 25 milhões a R$ 30 milhões. Na Câmara, os valores são de R$ 7 milhões aos que já eram parlamentares na legislatura passada e de R$ 13 milhões aos recém-chegados.

A tática é coordenada pelo ministro da SRI (Secretaria de Relações Institucionais), Alexandre Padilha, responsável pela articulação política. A pasta oferece valores de verbas RP 2, que são recursos discricionários, aqueles que o governo pode definir onde vai gastar.

O combinado é que esses recursos serão liberados via Ministério da Saúde. A opção se dá porque é uma das maneiras mais rápidas para pagamento e pode ser usado para custeio de equipes de saúde da família, odontológicas, reforma de unidades de saúde, aquisição de ambulâncias e equipamentos para radioterapia, por exemplo. Esses valores são cobiçados porque permitem aos políticos fazerem entregas rápidas diretamente para suas bases eleitorais.

Os valores chamados de “verba extra’”, ou apenas “extras”,  somam R$ 9,8 bilhões que foram herdados do orçamento secreto (extinto por decisão do Supremo Tribunal Federal no final do ano passado). Parte deste montante, cerca de R$ 3 bilhões, que está em negociação pelo governo via Saúde.

Assim como acontecia antes e durante o orçamento secreto, a negociação não dá transparência sobre qual parlamentar recebeu qual recurso e onde o direcionou.

*Terra

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