Cientistas 'acordam' verme desconhecido congelado há 46 mil anos na Sibéria
| REPRODUÇÃO/ALEXEI V. TCHESUNOV E ANASTASIA SHATILOVICH/INSTITUTO MAX PLANCK |
Cientistas tiveram a brilhante ideia de reviver uma espécie de verme que estava congelada há cerca de 46 mil anos sob o gelo da Sibéria. Segundo os pesquisadores, os dois vermes — que receberam o nome científico Panagrolaimus kolymaensis — foram encontrados em 2018, uma toca de esquilo fossilizada, abaixo de uma
Após longos estudos, os biólogos — liderados por Teymuras Kurzchalia, do Instituto de Biologia Molecular Max Planck — concluíram que se trata de uma espécie totalmente nova de verme nematóide, lombrigas que possuem um característico corpo cilíndrico.
O grupo de pesquisa defendeu o retorno dos vermes, uma vez que comprova que eles permaneceram em estado de criptobiose — a condição em que os animais permanecem em estado de suspensão metabólica, como uma hibernação ainda mais profunda.
O estudo dos pesquisadores comprovou que essas lombrigas são capazes de permanecer nesse estado por dezenas de milhares de anos.
"Nossas descobertas são essenciais para a compreensão dos processos evolutivos, uma vez que os tempos de geração podem variar de dias a milênios", afirmou Philipp Schiffer, um dos autores da pesquisa, em entrevista ao site do Instituto Max Planck.
"Porque a sobrevivência a longo prazo dos indivíduos de uma espécie pode resultar no ressurgimento de linhagens que, de outra forma, teriam sido extintas", completou o pesquisador.
Fonte: R7
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