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Crise na CBF pode deixar Brasil fora da próxima Copa do Mundo

Foto: Adrian Dennis / AFP

O Real Madrid anunciou, na última sexta-feira (29), a renovação de contrato com o treinador Carlo Ancelotti até junho de 2026.

A notícia é tida como um grande "baque" para a Seleção Brasileira, uma vez que a CBF, na figura do seu então presidente Ednaldo Rodrigues, atualmente afastado do cargo por decisão da Justiça, confirmou que tinha um acordo para o treinador italiano assumir o cargo no segundo semestre de 2024, quando terminaria o seu então vínculo com o Real Madrid.

É importante frisar que o treinador italiano nunca confirmou tal acordo, e nem poderia. As regras da Fifa estabelecem que só podem ser negociados contratos com novos clubes, ou seleções, a partir do prazo de 6 meses restantes para o término do atual vínculo, quando se pode assinar um "pré-contrato".

Se o acordo existia de fato e foi "cancelado" pela crise que assola a CBF e consequentemente destituição de Ednaldo Rodrigues, é algo que talvez nunca saberemos.

Mas, o certo é que toda a situação atual aponta para talvez a "maior crise" da história da Seleção Brasileira, que corre riscos reais de ficar fora da Copa do Mundo pela primeira vez na história.

BRASIL FORA DA COPA DO MUNDO 2026? ENTENDA POSSIBILIDADES

O Brasil é o único país que disputou todas as 22 edições da Copa do Mundo, realizadas entre 1930 e 2022 (com exceção dos anos de 1942 e 1946, devido à Segunda Guerra Mundial) e, embora tenha corrido riscos de ficar de fora em 1994 e 2002, nunca esteve tão "previamente" ameaçada com agora.

Isso por que a "ameaça" que paira a Seleção Brasileira vem, desta vez, em "duas frentes": esportiva e administrativa.

Na parte esportiva, o Brasil tem o pior começo da história do atual formato das Eliminatórias, somando apenas 8 pontos e três derrotas em 6 jogos, ocupando a 6ª colocação, ficando hoje com a última vaga direta na Copa do Mundo e a apenas dois pontos do 7° lugar (Paraguai), que vai para a Repescagem, e do 8° (Chile), que ficaria de fora da Copa 2026.

A alta quantidade de vagas, que saltou de 4 diretas e 1 na Repescagem para 6 diretas e 1 na Repescagem, ameniza a possibilidade de uma ausência no mundial que será realizada nos Estados Unidos, Canadá e México, mas não deixa de escancarar a péssima fase da Amarelinha.

Com o fracasso do "Projeto Ancelotti", o Brasil tem Fernando Diniz, treinador interino e que segue trabalhando simultaneamente no Fluminense, tem contrato apenas até o fim da Copa América 2024, que acontece entre junho e julho do próximo ano, nos Estados Unidos.

Já na área administrativa, a CBF se encontra sob comando de um interventor, José Perdiz, que segundo determinação judicial, deve convocar novas eleições para a presidência da entidade no prazo de 30 dias, a contar da data em que assumiu o cargo.

Processo reprovado por Fifa e Conmebol, que não reconhecem a decisão, que se configura, no entendimento das entidades, como "intervenção externa" e que entendem que Hélio Menezes, diretor mais antigo da CBF, deveria assumir o cargo na vacância dos cargos de presidente e vice.

Com visita ao Brasil marcada para 8 de janeiro, Fifa e Conmebol ameaçam punir a CBF com sanções continentais e internacionais, incluindo eventuais suspensão de competições incluindo a Copa do Mundo, a Seleção Brasileira caso a eleição seja realizada sem autorização prévia.

A probabilidade de que a CBF seja de fato suspensa é vista como improvável, já que acarretaria numa própria desvalorização das competições e uma mancha para o futebol, mas o fato é que a margem para tal decisão existe.

Fonte: Rádio Jornal

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