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Entenda como a Páscoa é celebrada nas religiões ao redor do mundo

Judaísmo é o precursor da festa ao redor do mundo (Fotos: Banco de imagens)
Em 2024, a Páscoa será celebrada no dia 31 de março, e por isso, muitas famílias e fiéis já estão com os preparativos a todo o vapor para comemorar uma das datas mais importantes do calendário cristão ao redor do mundo. Atualmente, a festa envolve momentos em família, a reflexão sobre a fé, renovação e renascimento, assim como, é claro, muito chocolate.

Judaísmo e Cristianismo

A Páscoa é uma tradição judaico-cristã que tem suas origens no judaísmo, que celebrava através da pesach a libertação dos judeus do Egito. Relatos de especialistas sugerem que a pesach ocorria na mesma época em que Jesus Cristo viria a ser crucificado. Para os cristãos, esse período foi ressignificado para trazer à memória a morte e a ressurreição de Jesus, se lembrando da renovação e do renascimento prometidos por Cristo na cruz.

Para o catolicismo, a Páscoa é celebrada com rigor e devoção. A quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa, assim como a Semana Santa, são períodos em que os católicos reservam liturgias e penitências individuais e coletivas com a intenção de rememorar e seguir os últimos passos de Cristo antes da sua crucificação.

Espiritismo

Ainda que siga os ensinamentos dos evangelhos de Cristo, a religião espírita não celebra a Páscoa. A doutrina espírita enxerga o ato da crucificação através de uma interpretação diferente das religiões judaico-cristãs, compreendendo que devem se lembrar da morte de Cristo na cruz todos os dias, e não apenas nessa data específica.

Testemunhas de Jeová

As Testemunhas de Jeová também têm uma visão diferente em relação à Páscoa. Apesar de enxergarem a data com importância, os fiéis acreditam que devemos celebrar a morte de Cristo, e não a sua ressurreição.

Para isso, os adeptos desta religião baseiam-se em textos bíblicos como Lucas 22, versículos 19 e 20, que diz:

“19 E tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu bcorpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim.

20 Semelhantemente tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo btestamento no meu sangue, que é derramado por vós.”

Islamismo

Segundo informações da Federação das Associações Muçulmanas no Brasil (Fambras), o islamismo é uma religião monoteísta, ou seja, apesar de referir-se e seguir os preceitos de Jesus Cristo, as religiões muçulmanas o enxergam como um Profeta de Deus. Por isso, também não celebram a Páscoa.

Apesar disso, os muçulmanos consideram o Ramadã, que acontece no nono mês do calendário lunar, como o Mês Sagrado. Durante este período, os fiéis participam de jejuns que envolvem a abstenção de alguns tipos de alimentos, bebidas e relações conjugais com o intuito de purificar o corpo e o espírito.

Religiões de matriz africana

As religiões de matriz africana como o candomblé e a umbanda também celebram a Páscoa de maneira diferente, ainda que reservem o mesmo período da quaresma católica, que tem início na Quarta-feira de Cinzas.

Nessa época, os terreiros celebram o período de Lorogun, que tem como objetivo o descanso coletivo. No Domingo de Páscoa, os adeptos destas religiões realizam festas e trocas de ovos de Páscoa, tal qual o Catolicismo.

Igreja Ortodoxa

A Igreja Ortodoxa celebra a Páscoa, porém, em uma data diferente. Isso se dá pois nos primeiros anos do Cristianismo houveram divergências que fizeram com que a Igreja Romana seguisse o calendário Gregoriano, enquanto a Igreja Ortodoxa preferiu por seguir o calendário Juliano, que foi desenvolvido por Júlio César, no ano 46 antes de Cristo e baseia-se na astronomia.

Para os ortodoxos, a Páscoa também acontece num domingo, porém, deve ser realizada após o dia 21 de março, seguindo a lua cheia do equinócio da primavera no Oriente.

Budismo

Os budistas não comemoram a Páscoa. A religião também tem celebrações como o Vesak, o “dia de Buda”, o famoso “festival de lanternas no céu” – o Yi Peng, assim como diversas outras que não fazem referência de nenhum modo à fé cristã.

Redação Hora

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