Suspeito de matar tia mentiu em depoimento e já havia quebrado as duas pernas dela em Manaus, diz PM - Mix de Notícias

Últimas do Mix

Suspeito de matar tia mentiu em depoimento e já havia quebrado as duas pernas dela em Manaus, diz PM

Foto: Reprodução
A polícia revelou detalhes chocantes após a prisão de Bruno Cristher Araújo de Souza, preso nesta segunda-feira (8), por matar a própria tia, Sandra Eline Rodrigues de Souza, de 46 anos, por ordem de uma facção criminosa no bairro Cidade Nova, na zona Norte de Manaus. o suspeito criou uma versão falsa do crime para despistar a polícia. 

De acordo coma delegada a delegada Marília Campelo, no seu primeiro depoimento, em novembro do ano passado, o acusado disse que dois pistoleiros em haviam disparado contra a tia.

“Logo que o fato ocorreu, o Bruno inventa que dois motoqueiros haviam passado e atirado pela janela e esse tiro havia atingido essa vítima fatalmente. Agora ele diz que é um acidente, essa arma estava no sofá ao lado dele, uma arma que o tráfico tinha entregue pra ele para fazer a própria segurança dele. E que essa arma, do mais absoluto nada, inexplicavelmente, por uma força sobrenatural, ela teria disparado sozinha e atingido a vítima”.

As investigações apontaram ainda, que a mulher era usuária de drogas e o sobrinho, um “soldado do crime organizado”.

“O Bruno é soldado do tráfico, faccionado, inclusive trabalhava para um integrante, um líder de uma facção criminosa que foi preso, também comandado nosso, no mês de março em Santa Catarina”, afirmou a delegada.

Sandra costumava criar tumultos que chamavam a atenção da polícia para a situação do tráfico naquela área. Algum tempo antes, ela já tinha sido “castigada” pelo próprio sobrinho, que quebrou as duas pernas dela.

“O chefe dele ordenou que desse um castigo nessa tia que era usuário de drogas sim, e ela ali fazia confusão, chamava a atenção de vizinhos e da própria polícia quando estava querendo drogas. E eles tinham que dar aquela droga para ela. Por essa razão ela sofreu esse corretivo. E dois meses depois, essa vítima é morta dentro da própria casa dela com um disparo de um revólver 38”, continuou a autoridade policial.

Para ter acesso às drogas, Sandra chegou a ceder a casa como uma espécie de torre de vigia para Bruno fazer a segurança da área do tráfico.

“A Sandra era viciada e pegava droga com eles. Inclusive o Bruno ficava na casa dela uma troca de favores. A casa era no alto, ele podia ver quem se aproximava ou não para fazer a segurança da boca de fumo, em troca disso ele dava para ela pedras de crack”, disse Marília.

“As investigações evoluíram, de modo a colocar o próprio Bruno na cena do crime. O Bruno, inclusive, aparece comemorando em redes sociais a morte da própria tia. Isso tudo culminou na sua prisão no dia de hoje”.

A delegada destacou a comemoração do suspeito.

“Ele posta na rede social uma frase, ‘safada é sal’, coisas que integrantes de facção usam, palavreados de faccionados. E depois ele apaga. Quando ele soube que nós estávamos investigando, ele começa a postar ‘luto pela minha tia’, fotos com a tia e lamentando a morte dela. Mas isso muitos dias depois do ocorrido”.

Cerca de um mês da morte de Sandra, outra irmã dela, identificada como Sigrid, também foi assassinada no terreno da mesma residência.

“O próprio Bruno diz que, no caso da Sigrid, o mandante foi o Jefferson Silva, o Vugo Jegue, que foi preso em Santa Catarina, no mês passado”.

 A partir de agora, ele vai responder pelo assassinato da tia e por outros crimes.

Nenhum comentário