Caso Djidjia: maquiadora afirma que tinha medo de ser demitida caso denunciasse uso de cetamina
Claudiele Santos da Silva, funcionária do salão de beleza de Djidja Cardoso, foi interrogada nesta terça-feira (11), e contou que alertou a família da ex-sinhazinha do Boi Garantido sobre o uso excessivo de cetamina.Foto: reprodução
Claudiele se entregou à polícia no dia 30 de maio, horas após Ademar e Cleusimar Cardoso, mãe e irmão de Djidja, e a gerente do Belle Feme, Verônica da Costa, serem presos tentando fugir da polícia. No dia 6 de junho, a maquiadora teve a prisão preventiva convertida em prisão domiciliar após a justica entender que a mulher precisava cuidar de uma filha que tem menos de 2 anos, que tem a guarda compartilhada com o pai.
“Eu era chamada para fazer o cabelo da Djidja e presenciava o estado dela, dava banho nela, fazia de tudo que estava ao meu alcance para ajudá-la. Eu só não podia chegar e falar ‘estamos com uma ambulância aqui, vamos te levar para uma clínica agora’. Eu não sou família, eu sou colaboradora da empresa”, disse Claudiele.
Ainda segundo o depoimento, ela e outras pessoas que trabalhavam no salão de beleza sabiam sobre o uso abusivo de cetamina pela família da ex-sinhazinha.
"O que nos cabia fazer, nós fizemos. Pensamos [em denunciar], mas nós éramos funcionários, nós precisávamos dos nossos empregos. Então, a gente não podia bater de frente com a família. As decisões eram deles", comentou.
Quando perguntada sobre o grupo religioso "Pai, Mãe, Vida", criado pela família de Djidja, Claudiele voltou a nega a prática.
"Eu não tenho participação com venda, com tráfico, associação para o tráfico, grupo, algo do tipo. Minha relação com a família Cardoso era como funcionária da empresa e sou amiga da Cleusimar, que é uma pessoa que me ajudou muito, tanto que tentei ajudar por inúmeras vezes a família dela", contou a maquiadora.
O caso segue sendo investigado pela polícia.
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