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Pai estuprava, agredia e ameaçava cortar língua da filha que engravidou duas vezes em Manaus

Fotos: Erlon Rodrigues/PC-AM
Um homem de 53 anos, que não teve a idade divulgada, preso por estuprar a filha dos 12 aos 26 anos, torturava e ameaçava cortar a língua da vítima, caso ela o denunciasse pelos abusos. Segundo a polícia, a mulher, que hoje tem 30 anos, teve uma vida de 'calvário' nas mãos do criminoso.

Ela foi morar com o acusado após a separação dos pais, quando ela tinha apenas 9 anos. Aos 12 anos, o homem começou a violentá-la e a engravidou aos 14 e aos 16 anos. Da violência sexual nasceram um menino e uma menina. Ela conta que por muito tempo ela resistiu aos abusos, mas era espancada pelo homem e chegou a levar até choques elétricos.

“Essa mulher sofreu um calvário, era era ameaçada que a língua seria cortada com a alicate, ou seja, eram as mais variadas atrocidades (...) Ela foi ameaçada para ficar em silêncio desde os seus 12 anos de idade com choques com pauladas os seus irmãos menores eram agredidos. Então as outras crianças sofriam com uma espécie de tortura”, revelou a delegada.

Após 14 anos de horror, ela revelou aos familiares que os filhos eram do próprio pai e que ele a estuprava frequentemente. Ela foi incentivada a denunciar e levou o caso à polícia. Na delegacia, ela contou que foi agredida inclusive enquanto estava grávida e que também foi obrigada a tomar remédios para abortar, mas eles não funcionaram.

Ainda segundo as investigações, o pai a forçou a dizer que ela tinha engravidado de uma garoto da escola. Na segunda gravidez, o homem parou de estuprá-la. Ao ser preso, o acusado chegou a dizer que cometeu o primeiro estupro contra a filha para saber se ela ainda era virgem.

A delegada afirma que o homem não foi preso preventivamente na época denúncia, em 2020, mas o caso estava em processo de apuração e julgamento e em setembro do ano passado ele foi condenado a 37 anos de prisão.

O suspeito fugiu, mas foi encontrado e preso nessa segunda-feira (11). A polícia vai investigar se ele pode ter feito outras vítimas além da própria filha.
 
A vítima e os filhos estão recebendo apoio psicológico

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