Deolane teria usado conta de filho adolescente para lavar dinheiro de bet, segundo investigação
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A influenciadora e advogada Deolane e a mãe dela, Solange, foram presas no dia 4 deste mês, durante uma operação da Polícia Civil que as apontou como integrantes de uma organização criminosa envolvida com lavagem de dinheiro de jogos ilegais.
As transações milionárias entre as contas de Deolane e Solange, incluindo a conta do filho de 17 anos, levantaram suspeitas. Entre 1º de dezembro de 2022 e 31 de maio de 2023, quase R$ 1,4 milhão foi movimentado na conta do jovem, conforme dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). A renda mensal atribuída ao adolescente era de R$ 2 mil na época.
O conselho também identificou que 99% do total foi debitado por Pix para outras contas, de forma fracionada. Esse é um indício de uma prática de lavagem de dinheiro chamada "smurfing", na qual criminosos movimentam grandes valores em pequenos depósitos para dificultar o monitoramento de transações suspeitas.
As transferências mais expressivas teriam sido feitas entre as contas do adolescente e da avó, mãe de Deolane. Solange também usava um e-mail com o nome do neto para realizar negócios, segundo apontou a investigação.
O nome do jovem aparecia como proprietário de uma empresa de estética, pela qual foram gastos R$ 735.720 em cosméticos, como perfumes e cremes hidratantes. Segundo o portal, a assinatura do adolescente, nome e CPF estavam no contrato, além de uma foto dele segurando um documento.
Prisão
A advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra foi presa em uma operação da Polícia Civil contra uma organização criminosa suspeita de praticar lavagem de dinheiro e jogos ilegais. A prisão ocorreu no bairro de Boa Viagem, no Recife. Além dela, sua mãe, Solange Bezerra, também foi detida.
Após ficar inicialmente detida na capital pernambucana, Deolane havia sido beneficiada por um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de 2018, que substitui a prisão preventiva por domiciliar.
No entanto, ela descumpriu medidas cautelares impostas pelo Judiciário e voltou ao presídio, desta vez na Colônia Penal Feminina de Buíque, no interior do Estado.
Fonte: Terra
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