Patroa e cúmplice suspeitos de matar babá percorreram cerca de 28 km para abandonar corpo da vítima em Manaus
Foto: Reprodução |
A babá foi encontrada morta em um matagal no bairro Tarumã no dia 20 de agosto, após ter sido dada como desaparecida no dia anterior. A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) afirma que a patroa não tinha condições de transportar o corpo sozinha e contou com a ajuda de Eduardo, que é considerado foragido.
A polícia suspeita que a babá foi morta por espancamento e tortura na residência onde morava com a patroa, que foi presa na quarta-feira (28).
De acordo com as investigações, a dupla saiu da rua Bernardo Michiles, no bairro Petrópolis, Zona Sul da capital, e seguiu até a Rua Esus, no bairro Tarumã, Zona Oeste, onde o corpo da vítima foi abandonado.
Em Manaus, o bairro Tarumã é conhecido por sua localização isolada e áreas de difícil acesso. Esse isolamento natural facilita atividades criminosas e a ocultação de cadáveres e homicídios.
O carro usado no crime pertencia a Eduardo e já havia sido vendido a outra pessoa. No entanto, o suspeito emprestou o veículo e o devolveu após o desaparecimento de Geovana. O automóvel foi entregue higienizado ao novo proprietário, que já prestou depoimento à polícia. O carro será submetido a perícia, segundo a polícia.
“A babá foi encontrada no dia 20, mas provavelmente foi morta na noite do dia 19. A foto amplamente divulgada mostra que ela tinha vários hematomas no rosto e estrabismo, o que indica traumatismo craniano, que foi a causa da morte dela. Acredito que ela tenha morrido ainda na residência”, afirmou a delegada Marília Campello, que está à frente das investigações.
O caso
De acordo com a polícia, Geovana Costa foi contratada para cuidar da filha de Camila Barroso, cuja identidade não foi divulgada. Segundo a PC-AM, com o tempo, Geovana foi atraída para um ambiente de festas e bebidas. A patroa começou a forçá-la a permanecer na casa, impedindo-a de sair, mesmo contra sua vontade.
A polícia afirma que a jovem era obrigada a realizar programas sexuais. Recentemente, Geovana havia tirado o passaporte, o que sugere que ela poderia ser usada como mula para transporte de drogas e forçada a se prostituir na Europa. Camila, que tinha uma passagem comprada para a França, teve a prisão decretada para evitar uma possível fuga.
A Polícia Civil do Amazonas solicita que qualquer pessoa com informações sobre o paradeiro de Eduardo Gomes da Silva entre em contato pelos números (92) 98118-9535, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), ou 181, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM). A identidade dos informantes será mantida em sigilo.
Fonte: G1
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