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Após mais de 100 dias seguidos de queda, nível do Rio Negro em Manaus não registra alteração

Foto: reprodução/ Raphaes Alves - EFE
O Rio Negro, em Manaus, não registrou queda, nesta quinta-feira (10), e manteve a marca de 12,11 metros, segundo o monitoramento feito pelo porto da capital. A estabilidade acontece após mais de 100 dias de descida das águas de forma ininterrupta.

Na última semana, em 3 de outubro, o rio atingiu 12,68 metros, ultrapassando o recorde do nível mais baixo já registrado. De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (SGB), a marca se configura como a pior seca da história de Manaus pelo segundo ano consecutivo.

Apesar da estabilização, o nível atual do Rio Negro, na capital, permanece bem abaixo do registrado na mesma data do ano passado, quando alcançou 14,29 metros, marca mais de dois metros acima do nível atual.

Apesar da estabilidade nesta quinta-feira, as águas devem continuar secando e podem ficar abaixo dos 12 metros, segundo as previsões do SGB. O tempo seco e a falta de chuvas regulares ajudam a piorar a situação.

Confira abaixo o ranking das menores cotas da série histórica do Rio Negro, segundo dados do SGB:

12,11 em em 10/10/2024*

12,70 m em 2023

13,63 m em 2010

13,64 m em 1963

*ainda em atualização até o rio voltar a subir

Em 2024, a descida dos rios no Amazonas começou antes do esperado. Em Manaus, o período da seca teve início em 17 de junho, apresentando oscilações até o dia 28, quando iniciou a descida de forma ininterrupta. Historicamente, o fenômeno ocorre entre a última semana de junho e as primeiras semanas de julho.

A rápida e antecipada queda no nível das águas gerou preocupação entre as autoridades, que adotaram medidas preventivas. Devido à estiagem, a Prefeitura de Manaus declarou situação de emergência por 180 dias e interditou a Praia da Ponta Negra, após o rio ultrapassar a cota mínima de segurança de 16 metros.

O fenômeno também tem isolado comunidades e prejudicado a navegação, além de impactar o escoamento da produção das empresas do Polo Industrial. Navios cargueiros já não atracam mais na cidade; em vez disso, transferem as cargas para balsas com calado menor, que são embarcações menos profundas, para seguir até Manaus e atender à indústria.

Com informações do G1

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