Polícia notifica dono do terreno do porto que desabou e responsável pelo Dnit após acidente que deixou mortos no AM
Porto da Terra Preta, em Manacapuru (AM), nesta quarta-feira (9) — Foto: Divulgação/Marinha do Brasil |
O proprietário do terreno do porto da Terra Preta, em Manacapuru, no interior do Amazonas, que desabou na segunda-feira (7), e o responsável pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) foram notificados pela Polícia Civil do Amazonas. O acidente resultou na morte de uma criança de seis anos e de um homem de 36 anos, além de deixar pelo menos 10 pessoas feridas.
O g1 não conseguiu localizar a defesa do proprietário do Porto Terra Preta e tentou contato com o Dnit, mas até a última atualização desta matéria não obteve retorno.
O deslizamento de terra criou uma cratera na orla de Manacapuru, na Região Metropolitana de Manaus, e engoliu parte do Porto da Terra Preta na tarde de segunda-feira. Segundo um especialista, a construção do porto foi realizada em um local inadequado para uma estrutura de grande porte.
O Ministério Público do Estado (MPE) anunciou na terça-feira (8) que está investigando o deslizamento de terra no porto. A 3ª Promotoria de Justiça já começou a coletar provas e orientou a adoção de medidas urgentes para assegurar a assistência adequada às vítimas.
O órgão buscou também assegurar o atendimento imediato à população afetada. A investigação se concentrará em identificar os fatores que podem ter contribuído para o deslizamento e verificar se houve falhas nas ações preventivas.
Criança e padeiro morrem
O acidente também causou a morte de uma criança de seis anos, um homem de 36 anos, e ao menos 10 pessoas ficaram feridas.
Letícia Correia de Queiroz, de 6 anos, teve a casa levada pelo deslizamento do barranco. Segundo a família, no momento do acidente, ela estava com dois irmãos mais velhos, de 18 e 15 anos, que conseguiram se salvar. Além dela, outro homem, de 36 anos, também foi vítima do deslizamento e teve o corpo encontrado na quarta-feira (9).
O pai da criança contou que vivia na casa flutuante na orla há 28 anos. Ele e a esposa estavam pescando no momento do desabamento, que destruiu a estrutura onde moravam. Os pais presenciaram a tragédia a partir do rio.
“Olhamos para lá e não vimos mais o nosso flutuante, aí o desespero tomou conta, a minha mulher começou a passar mal. Foi o desespero maior, porque todos os meus três filhos estavam dentro desse flutuante”, afirmou.
O corpo dela foi encontrado nesta quinta-feira (10), após dias de buscas feitas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), com auxílio da Marinha do Brasil, desde o dia do acidente.
*G1 AM
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