EUA se preparam para proibir TikTok após decisão da Suprema Corte
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TikTok - Foto: Antonin UTZ/AFP |
Lançado inicialmente como Douyin na China em 2016, o TikTok logo conquistou o mercado global no ano seguinte. A aquisição do aplicativo Musical.ly e sua fusão com o novo produto aumentaram ainda mais sua base de usuários. Seu algoritmo, responsável por recomendar vídeos curtos de forma contínua e envolvente, foi um dos principais fatores para o rápido sucesso da plataforma, que se popularizou de maneira notável durante a pandemia de covid-19.
Em 2020, o TikTok tornou-se uma das plataformas mais baixadas mundialmente, especialmente durante os confinamentos impostos pela pandemia. A crescente popularidade gerou preocupações em diversos países, com a Índia sendo uma das primeiras a proibir o aplicativo devido a tensões políticas com a China.
Em 2020, o presidente Donald Trump, já em um embate com a China, tentou proibir o TikTok, alegando riscos de segurança, como o uso indevido de dados dos usuários americanos pela China, embora sem apresentar provas conclusivas. Apesar da ação do governo de Trump, a medida foi bloqueada por questões jurídicas e não entrou em vigor antes de sua derrota eleitoral.
Espionagem
O TikTok alcançou a marca de um bilhão de usuários mensais em 2021, o que ampliou as preocupações sobre os riscos de espionagem e manipulação. Em 2022, um relatório do BuzzFeed revelou que funcionários da ByteDance, com sede na China, haviam acessado dados privados de usuários, aumentando o ceticismo nos Estados Unidos. A ByteDance tentou mitigar essas preocupações com o armazenamento de dados em servidores americanos, mas sem sucesso pleno.
Em 2024, o governo de Joe Biden reforçou a pressão sobre o TikTok, com a aprovação de uma lei que exige a venda do aplicativo para uma empresa não ligada à China. Caso a ByteDance não atenda a essa exigência, o TikTok será banido no país, afetando cerca de 170 milhões de usuários americanos. Apesar da empresa afirmar que nunca compartilhou dados com o governo chinês, a disputa legal continua.
A ByteDance processou o governo dos EUA, argumentando que a lei violaria a liberdade de expressão, mas a Suprema Corte concluiu que as preocupações de segurança nacional eram legítimas. Enquanto isso, o presidente eleito Donald Trump, que tomará posse em 20 de janeiro, afirmou que pode intervir em favor do TikTok, embora o futuro do aplicativo nos EUA dependa agora da ação do novo governo.
Por AFP Notícias
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