Professor de canto é denunciado por dar 'chá' com sêmen para alunas melhorarem cordas vocais
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Hallan Richard Morais foi presos suspeito de oferecer bebida com o próprio sêmen para alunas — Foto: Reprodução |
A decisão foi assinada pelo juiz Willian Trigilio da Silva, do plantão de 1º instância do Tribunal de Justiça do Tocantins. No documento, ele afirma que considerando as provas apresentadas no processo, o investigado representa um risco a sociedade e por isso descarta a possibilidade da liberdade provisória com medidas cautelares.
"A liberdade do suspeito se tornou, em tese, um risco concreto às vítimas e coloca em risco a ordem pública, além de considerar que o suspeito é professor de música das ofendidas, não havendo outra solução a não ser a decretação da medida extrema de restrição de sua liberdade. Não se trata, pois, de presumir a culpa, até porque isso não seria possível, mas sim de reconhecer a presença de um risco, razoavelmente fundamentado, e lançar mão de medida cautelar para evitá-lo e, com isso, garantir a ordem pública, que é abalada pela liberdade daqueles que reiteram na conduta ilícita", escreveu o juiz.
Conforme ao documento, apesar do professor ter afirmado durante audiência de custódia que não respondia por outro crime, a leitura da certidão de antecedentes apontou que ele é investigado por um suposto estupro de vulnerável.
"Sob uma acurada análise do caso, observo que a liberdade do autuado representará concreto risco à ordem pública, porquanto ele está habituado a transgredir os bens jurídicos salvaguardados pelo Direito Penal", afirmou o juiz.
Investigado por violação sexual
O caso foi registrado na noite desta sexta-feira (25). A PM informou que, segundo as denúncias, o suspeito atuava como professor de canto e instrumentos musicais. Nas aulas ele teria oferecido uma espécie de chá às alunas para melhorar a garganta e a dicção vocal.
Conforme a Polícia Militar, sem que as alunas soubessem ele alterava o líquido e colocava o próprio sêmen dentro do suposto chá e dava para as alunas beberem. Os militares também foram informados que quando elas ingeriam o líquido, ele as filmava sem o conhecimento delas.
A Polícia Civil informou que no dia em que o crime foi registrado, uma das alunas percebeu que a bebida havia sido alterada e chamou a polícia. A substância foi recolhida e deve ser analisada pela perícia para confirmar se é mesmo o sêmen do suspeito ou não.
Durante a abordagem foram preendidos dois frascos contendo sêmen e um celular, que estaria sendo usado para gravar as vítimas. Os militares também disseram que o professor confessou o crime e afirmou ter mais outras cinco vítimas, incluindo uma menor de idade.
As vítimas e testemunhas foram levadas à Casa da Mulher Brasileira para os procedimentos legais cabíveis.
O caso será investigado pela 72ª Delegacia de Polícia do Distrito de Luzimangues.
*Com informações do G1
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