Vídeo mostra pastor sendo preso durante culto enquanto fiéis oram por ele; Polícia desmonta esquema de golpes em Manaus
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Foto: Divulgação/redes sociais) |
Além do pastor, identificado como John Harry Santos da Silva, outras seis pessoas foram presas, incluindo um gerente de banco, um pai de santo e supostos intermediários do esquema: Alan Douglas Pereira Barbosa, Jean Fábio França de Souza, Luís Gonçalves da Silva, Luiz Roberto Lima Fonseca (pai de santo), Manoel Moreno Penha Júnior e Samuel da Costa Matos.
De acordo com o delegado Cícero Túlio, do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), os envolvidos faziam parte de um grupo que atuava há bastante tempo em Manaus e em municípios do interior, usando dados pessoais de servidores da educação obtidos por meio de sites públicos, como o Portal da Transparência e o Tribunal de Justiça. A investigação começou após várias denúncias de professores que perceberam movimentações suspeitas em seus nomes.
O delegado explicou que o grupo se dividia em núcleos. Um deles era responsável por estudar o perfil financeiro das vítimas e repassar os dados para outra célula criminosa, especializada na falsificação de documentos. Em seguida, pessoas com características físicas semelhantes às das vítimas eram recrutadas para se apresentarem nas agências bancárias e assinarem os contratos fraudulentos. Parte desses trâmites contava com o apoio direto de corretores e gerentes de bancos, que facilitavam a liberação dos empréstimos.
“Identificamos que essas lideranças religiosas, tanto do segmento evangélico quanto afro, atuavam como cooptadores dentro das redes credenciadas dos bancos, intermediando diretamente os golpes”, afirmou o delegado.
Segundo a polícia, o grupo movimentou cerca de R$ 3 milhões em um ano. Outros suspeitos ainda estão foragidos: Pablo Kzar Andrade Costa, Peter Kalil Andrade Costa, Manoel David Miranda de Melo, Crisney Uchoa Correia, Rafael Bruno Lima de Souza e Marcos Pitter Lemos da Silva.
As investigações continuam para localizar os foragidos e apurar o envolvimento de outras pessoas e instituições financeiras no esquema criminoso.
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