Advogada de PMs suspeitos de estupro no AM contesta versão da vítima e alega vingança
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Foto: reprodução |
Segundo a defensora, o relato da vítima contém diversas inconsistências. Ela negou que o bebê da mulher tenha nascido dentro da cela e assegurou que a detenta recebeu o acompanhamento médico necessário. Afirmou ainda que, enquanto esteve na unidade, a criança não permaneceu em nenhum momento na cela com a mãe.
A defesa sustenta que as acusações seriam motivadas por vingança. De acordo com Viviane, a mulher teria mantido um relacionamento com um companheiro que, supostamente, a agredia. Durante visitas íntimas — que, segundo ela, ocorriam de forma irregular — o casal teria sido flagrado fazendo uso de drogas, fato que teria desencadeado as denúncias.
A advogada também mencionou que o companheiro da vítima chegou a entrar na delegacia sem autorização policial em uma ocasião, apontando fragilidades na estrutura da unidade. Segundo ela, o efetivo policial é reduzido, e há facilidade de acesso de pessoas não autorizadas, o que explicaria as visitas e até o consumo de entorpecentes dentro do local.
Ainda conforme a defesa, a mulher mantinha relações sexuais frequentes com o companheiro, o que, para a advogada, contradiz a narrativa de abuso. Viviane Batalha também classificou o laudo do Ministério Público como inconclusivo e levantou dúvidas sobre a condução da perícia, citando “inconformidades”.
A advogada alegou ainda que a indígena é investigada por outro crime em Manaus — o homicídio de uma adolescente — e afirmou que a mesma se identifica como integrante de facção criminosa, sugerindo que esses antecedentes reforçam a tese de retaliação contra os policiais.
Viviane também explicou que o livre acesso da detenta a determinadas áreas da delegacia se dava por conta de sua colaboração com a limpeza do local e das altas temperaturas registradas na unidade. A defesa acrescenta que a transferência da mulher já havia sido solicitada anteriormente, por ela ser uma presa condenada, enquanto o espaço deveria abrigar apenas detentos provisórios. Segundo a advogada, houve omissão do Estado ao não realizar a remoção da custodiada.
A defesa afirma ter reunido provas para contestar as denúncias. Enquanto isso, quatro policiais militares e um guarda municipal seguem presos, suspeitos de envolvimento nos crimes sexuais relatados. Outros dois PMs — um de férias e outro em missão — são esperados para se apresentar nos próximos dias. O caso segue sob investigação da Polícia Civil e do Ministério Público.
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