EUA voltam a exigir entrevistas presenciais para vistos a partir de setembro de 2025
A nova medida revoga a política de flexibilização adotada durante a pandemia da Covid-19, que permitia a dispensa de entrevistas para determinados perfis de solicitantes. A partir da nova data, categorias populares como vistos de turismo (B-1/B-2), estudo (F e M), trabalho (H-1B) e intercâmbio (J) estarão sujeitas à entrevista obrigatória.
Inclusive, crianças menores de 14 anos e idosos com mais de 79 anos, que anteriormente estavam isentos, agora também precisarão comparecer presencialmente — salvo em casos excepcionais.
Quem ainda poderá ser isento da entrevista?
Um grupo mais restrito continuará tendo direito à dispensa, incluindo:
- Diplomatas e funcionários de organizações internacionais (vistos A-1, A-2, C-3, G-1 a G-4, NATO-1 a NATO-6);
- Detentores de vistos diplomáticos ou oficiais;
- Solicitantes de renovação de vistos B-1/B-2 ou B1/B2 válidos e completos, desde que:
- Apliquem no país de nacionalidade ou residência;
- Já tivessem 18 anos ou mais na última emissão;
- Nunca tenham tido um visto recusado (exceto se a recusa foi revertida ou perdoada);
- Não apresentem sinais visíveis ou potenciais de inelegibilidade.
Mesmo nestes casos, a decisão final cabe ao agente consular, que pode convocar entrevista a qualquer momento.
O que muda para os brasileiros e demais solicitantes?
- 🔴 Mais burocracia: entrevistas serão exigidas com mais frequência, inclusive para algumas renovações.
- Aumento no tempo de espera: consulados devem registrar maior demanda e filas mais longas.
- Mais gastos: será necessário considerar deslocamentos, estadia e outros custos logísticos para comparecer ao consulado.
- Menos exceções para crianças e idosos: mesmo os grupos que antes eram isentos agora entram na regra geral, com menos margem para dispensa.
Mudanças futuras no sistema de vistos
A decisão faz parte de uma revisão mais ampla na política de imigração dos EUA. Para 2026, está prevista a criação da “Visa Integrity Fee”, uma taxa caução de US$ 250 que será reembolsada apenas se o solicitante cumprir todas as regras do visto — mais um mecanismo para reforçar a fiscalização migratória.
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