Três PMs e um guarda são presos por estupro de mulher indígena em delegacia no AM - Mix de Notícias

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Três PMs e um guarda são presos por estupro de mulher indígena em delegacia no AM

Foto: divulgação 
Três policiais militares e um guarda municipal foram presos, neste sábado (26), sob suspeita de estuprar uma mulher indígena da etnia Kokama durante custódia irregular em uma delegacia situada em Santo Antônio do Iç[a, no interior do Amazonas. 

Outros dois policiais militares — um de férias e outro em missão — devem se entregar nas próximas horas, conforme informações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPAM.

Mandados cumpridos em três municípios

As prisões foram realizadas pela Polícia Civil e Militar nos municípios de Manaus, Tabatinga e Santo Antônio do Içá, onde os suspeitos ainda estavam em atividade. Os requerimentos foram apresentados no final da tarde de sexta-feira (25), dentro do Procedimento Investigatório Criminal (PIC) da Procuradoria-Geral de Justiça, e autorizados pelo juiz Édson Rosas.

Riscos apontados e medidas adotadas

O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) fundamentou os pedidos com base no risco à ordem pública, à integridade da vítima, à instrução penal e à possibilidade de novos crimes. Também solicitou o afastamento dos suspeitos das funções e a suspensão do porte de armas, com base no artigo 254 do Código de Processo Penal Militar.

Vítima relata abuso, tortura e ameaças

Em depoimento às promotoras Priscila Pini e Lilian Nara, a vítima confirmou os abusos. Relatou atos de humilhação, tortura e intimidação. Após ser transferida para a Cadeia Pública Feminina de Manaus, policiais tentaram silenciar sua família, ameaçando sua mãe em Santo Antônio do Içá.

MPAM classifica caso como grave violação de direitos

Para a procuradora-geral Leda Mara Nascimento Albuquerque, as prisões são um marco na responsabilização dos envolvidos: “Estamos diante de uma violação extrema dos direitos humanos, praticada por aqueles que tinham o dever de proteger. O MPAM seguirá atuando com firmeza para garantir justiça à vítima, proteção à sua família e a punição de todos os culpados”.

O processo corre em segredo de Justiça para garantir a segurança da vítima e preservar a integridade das investigações.

O que diz a PM

Em nota, a Polícia Militar informou que está atuando em conjunto com o MPAM para cumprir todos os mandados de prisão. As diligências seguem em andamento, e a corporação trabalha para que os demais mandados sejam executados ainda neste fim de semana.

A PMAM afirmou que repudia qualquer ato fora da legalidade, não compactua com a violência relatada pela vítima e segue colaborando com as investigações para esclarecer os fatos.



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