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Governo Lula reage a Trump e diz que soberania é inegociável

(Foto: André Borges/EFE)
(ANSA) – BRASILIA, 04 AGO – O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, condenou nesta segunda-feira (4) o que chamou de “conluio ultrajante” entre brasileiros e forças estrangeiras em uma tentativa de atacar instituições e a soberania do Brasil.   

Em um discurso no Palácio Itamaraty, em Brasília, para comemorar os 80 anos do Instituto Rio Branco, o chanceler brasileiro classificou como “inaceitáveis” as exigências do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a quem não citou nominalmente, de arquivar o processo contra Jair Bolsonaro como moeda de troca para suspender o tarifaço, que entra em vigor na próxima quarta (6).   

“Nossa Constituição não está e nunca estará em qualquer mesa de negociação, nossa soberania não é moeda de troca diante de exigências inaceitáveis”, afirmou o diplomata.   

Vieira fez críticas veladas a Bolsonaro, que está sendo processado por tentativa de golpe, e a seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), que está morando nos EUA, por ter solicitado o apoio do governo republicano.   

O diplomata afirmou ter “orgulho” de comandar o Ministério das Relações Exteriores “na defesa da soberania brasileira de ataques orquestrados por brasileiros em conluio com forças estrangeiras”.   

“Nesse ultrajante conluio que tem como alvo nossa democracia, os fatos e a realidade brasileira não importam para os que se erigem em veículo de intervenções estrangeiras. Nossa sociedade e suas instituições derrotaram uma tentativa de golpe militar cujos responsáveis estão hoje no banco dos réus”, acrescentou.   

A declaração do ministro ocorre após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter reiterado, no último domingo (3), sua disposição de dialogar com Trump para solucionar a crise desatada pelo tarifaço. Na semana passada, Vieira chegou a conversar com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, sobre a atual crise diplomática. (ANSA). 

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