Vaticano não pode falar em ‘genocídio’ em Gaza, diz Papa - Mix de Notícias

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Vaticano não pode falar em ‘genocídio’ em Gaza, diz Papa

Foto: REUTERS/Yara Nardi

O papa Leão XIV afirmou que o Vaticano ainda não pode falar em “genocídio” de Israel na Faixa de Gaza, território palco de uma guerra brutal que já deixou mais de 65 mil mortos em quase dois anos.

As declarações foram dadas em entrevista à jornalista Elisa Ann Allen, do portal especializado em catolicismo Crux, para uma biografia de Robert Prevost, “Leão XIV: Cidadão do mundo, missionário do século 21”, lançada no Peru, país onde ele atuou durante boa parte da vida.

A íntegra da entrevista foi divulgada apenas nesta quinta-feira (18), porém a conversa ocorreu antes de uma comissão da ONU assegurar que há provas de genocídio cometido por Israel em Gaza.

“A palavra genocídio está sendo usada cada vez mais. Oficialmente, a Santa Sé não acredita que possamos fazer qualquer declaração sobre isso neste momento. Há uma definição muito técnica sobre o que genocídio pode ser, porém cada vez mais pessoas estão levantando a questão, incluindo dois grupos de direitos humanos em Israel”, disse o Papa.

Leão XIV também expressou a esperança de que as pessoas não se tornem “insensíveis” às “imagens horríveis” do conflito no enclave palestino. “Acredito que nós, seres humanos, e como resposta cristã, não podemos ficar insensíveis nem podemos ignorar isso. De alguma forma, temos de continuar a pressionar, a tentar uma mudança.

Segundo o pontífice, nem mesmo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem conseguido exercer pressão sobre Israel.

“Não houve uma resposta clara em termos de encontrar maneiras eficazes de aliviar o sofrimento do povo inocente em Gaza, e isso é uma grande preocupação. Vai ser muito difícil porque quando algumas pessoas, especialmente crianças, passam não só pela privação, mas também pela fome, apenas receber comida não resolve o problema imediatamente. Elas vão precisar de muita ajuda para reverter essa situação, que ainda parece muito, muito grave”, declarou.

*Ansa

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