Amazonas é rebaixado à Série C após campanha turbulenta e sem reação na Série B
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| Foto: reprodução |
O Amazonas Futebol Clube está oficialmente de volta à Série C do Campeonato Brasileiro. O rebaixamento foi sacramentado nesta sexta-feira (14), após o empate em 2 a 2 com o Paysandu, em Belém, pela 37ª rodada da Série B.
A campanha irregular, marcada por seguidas mudanças de comando técnico e uma profunda reformulação do elenco ao longo do ano, culminou na queda. Em 37 rodadas, o clube conquistou apenas oito vitórias, somou 12 empates e sofreu 17 derrotas, alcançando apenas 36 pontos — podendo chegar a, no máximo, 39 na última rodada. A equipe ocupa a 18ª posição, desempenho distante dos 52 pontos do ano anterior, quando escapou do rebaixamento e fechou a competição em 11º lugar.
Campanha abaixo da crítica
Dentro da Arena da Amazônia, o time até conseguiu equilibrar os resultados: foram sete vitórias, sete empates e quatro derrotas. Porém, fora de casa, o desempenho foi desastroso. O Amazonas somou apenas uma vitória — contra o Avaí — além de cinco empates e 13 derrotas. Com isso, foi o segundo pior visitante da competição.
A queda, no entanto, não foi exatamente uma surpresa. A equipe começou mal o campeonato, sem vencer nas oito primeiras rodadas, e esteve praticamente toda a Série B na zona de rebaixamento, saindo dela apenas uma vez, na segunda rodada. A defesa também foi um ponto crítico: com 53 gols sofridos, é a segunda mais vazada da competição.
Entre os dados que ilustram a má fase:
- Não venceu duas partidas seguidas em toda a Série B.
- Só ganhou um jogo longe de seus domínios.
- Terminou com uma das piores defesas do campeonato.
- Foi presa fácil nos confrontos diretos da parte de baixo da tabela.
Instabilidade no comando e elenco reformulado
O Amazonas começou 2025 sob o comando de Aderbal Lana, que conduziu o time nos estaduais e na Copa Verde. Na sequência, Eduardo Barros assumiu o time no Campeonato Amazonense, em sua estreia como treinador principal. Durante a Série B, o comando ainda passou por Guilherme Alves, Márcio Zanardi e novamente Lana, antes de ser finalizado por Ibson, auxiliar que comandou o time em duas oportunidades.
A falta de continuidade no trabalho técnico — com quatro trocas ao longo do ano — impediu a consolidação de um padrão de jogo.
Além disso, o elenco que disputou a Série B era praticamente novo em comparação ao time do estadual. O clube investiu pesado em contratações, incluindo reforços estrangeiros como o francês Yaya Sanogo, ex-Arsenal, mas as apostas não renderam dentro de campo e o coletivo não funcionou.
Desafio: reconstrução
Com o rebaixamento confirmado, o Amazonas volta à Série C apenas dois anos após o acesso histórico. A direção agora tem o desafio de reestruturar o projeto, rever decisões e evitar os erros cometidos nesta temporada, em busca de um retorno duradouro às divisões superiores.

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