Influencer Patixa Teló perde voo após falta de assistência da Azul: “Abandonada no aeroporto”, diz assessoria
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| Foto: reprodução |
A influenciadora digital Patixa Teló, conhecida nacionalmente como a “Rainha do Amazonas”, viveu momentos de tensão e indignação nesta semana após perder um voo por falta de assistência adequada da companhia aérea Azul Linhas Aéreas. Patixa, que é uma mulher trans com síndrome de Down, voltava de Goiânia e, segundo sua equipe, não recebeu o atendimento prioritário garantido por lei às pessoas com deficiência (PCD).
O caso veio a público através de uma nota de repúdio divulgada nas redes sociais oficiais da influenciadora, cujo nome de registro é Antônio Luiz Souza da Silva. Ela ganhou notoriedade após participar do reality show “Rancho do Maia”, do humorista Carlinhos Maia, e desde então se tornou símbolo de representatividade e carisma no cenário digital.
De acordo com a nota divulgada, Patixa embarcou em Goiânia com a orientação expressa da companhia de que receberia acompanhamento integral até o destino final, incluindo o embarque no próximo voo durante a conexão. A equipe afirma que a Azul garantiu que ela seria assistida, como determina a legislação, mas na prática isso não ocorreu.
“Patixa não teve nenhum contato da parte da empresa com atendimento prioritário visando a integridade e o seu conforto por direito como foi passado em Goiânia”, diz a nota.
Sem apoio ou orientação da equipe da Azul, Patixa saiu sozinha da aeronave e foi em busca de seu portão de embarque, acabando perdida no terminal do aeroporto. Segundo a assessoria, a situação só não se agravou ainda mais porque a influenciadora foi reconhecida por passageiros, que prestaram ajuda.
Legislação ignorada
A equipe jurídica de Patixa afirmou que vai buscar os direitos da influenciadora com base na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) e na Lei nº 10.098/2000, que estabelecem diretrizes para garantir a acessibilidade e a segurança de pessoas com deficiência em serviços públicos e privados, incluindo o transporte aéreo.
As normativas obrigam as empresas a oferecerem assistência especializada desde o check-in até o embarque e desembarque, sob pena de sanções. Em caso de descumprimento, o passageiro pode registrar denúncia nos órgãos competentes, como Procon, Ministério Público ou Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Repercussão e próximos passos
A assessoria de Patixa destacou que buscará medidas legais e reforçou o caráter discriminatório do episódio, que expôs a influenciadora a um risco desnecessário. O caso causou revolta e mobilização entre fãs e figuras públicas, reacendendo o debate sobre o cumprimento das normas de acessibilidade em aeroportos brasileiros.
Até o momento, a Azul Linhas Aéreas não se pronunciou oficialmente sobre o caso. A equipe da influenciadora cobra um posicionamento público, retratação e medidas imediatas para que episódios como esse não se repitam.

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