Pastor é preso suspeito de matar jovem e ocultar corpo em rio de Boa Vista
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| Foto: reprodução |
O corpo da jovem foi encontrado no dia 7 de novembro, sem roupas, às margens do rio Cauamé. A área chamou a atenção dos investigadores por ser conhecida como ponto onde o suspeito costumava realizar batismos religiosos. A partir da análise técnica do local e da coleta de provas, a polícia identificou indícios que colocam o pastor como a última pessoa a estar com a vítima antes da morte.
Imagens de câmeras de segurança registraram Andreson acompanhado de Ana Paula na noite do crime. Em depoimento, ele afirmou que conheceu a jovem em um bar no bairro Pintolândia e que, ao sair do local, ofereceu carona de motocicleta. O suspeito alegou ter deixado Ana Paula nas proximidades do rio, negando qualquer participação no ocorrido.
A versão apresentada, no entanto, não convenceu os investigadores. Segundo a Polícia Civil, há contradições no relato do suspeito, além de provas que indicam que ele foi o último a ter contato com a vítima.
De acordo com o delegado Carlos Henrique, responsável pelo inquérito, o esclarecimento do caso só foi possível após uma análise detalhada dos elementos reunidos. “O que parecia um afogamento revelou-se um feminicídio após o cruzamento de imagens, reconstrução de trajetos e depoimentos colhidos durante a investigação”, explicou.
As apurações também apontaram um comportamento duplo do investigado. Embora se apresentasse publicamente como líder religioso, atuando em cultos, pregações e batismos — inclusive no rio Cauamé —, ele também frequentava ambientes ligados ao consumo de álcool, prostituição e situações de vulnerabilidade social, conduta considerada incompatível com a imagem que sustentava.
Para a polícia, o conhecimento detalhado da região pode ter sido utilizado para ocultar o corpo da vítima, reforçando a suspeita de que o crime tenha sido planejado. O inquérito segue em andamento para o esclarecimento completo dos fatos.

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