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Bolsonaro volta a falar na possibilidade de se filiar ao PP

Presidente Jair Bolsonaro fala com a imprensa após o encontro com presidente do STF Luiz Fux 2
Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a falar nesta sexta-feira (23/7) na possibilidade de regressar ao PP, partido ao qual foi filiado entre 2005 e 2016, durante boa parte dos mandatos na Câmara dos Deputados.

Esta semana, o mandatário anunciou que convidou o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), para assumir o cargo de ministro-chefe da Casa Civil, um dos postos mais importantes da Esplanada dos Ministérios

“Quando eu coloco aqui um politico ou um militar sempre existe crítica. Tenho que organizar maneira de deixar ministério mais proativo. Eu fui do PP por aproximadamente 20 anos”, lembrou Bolsonaro em entrevista à Rádio Grande FM, de Dourados (MS).

“Tentei e estou tentando um partido que eu possa chamar de meu e possa, realmente, se for disputar a Presidência, ter o domínio do partido. Está difícil, quase impossível. Então, o PP passa a ser uma possibilidade de filiação nossa”, prosseguiu.

O mandatário ainda afirmou que, se pudesse lançar candidatura avulsa, sem necessidade de filiação partidária, seria o melhor, mas que joga dentro do estipulado pela lei eleitoral.

“No Brasil, as eleições não são como as americanas, onde você pode vir candidato independentemente de partido. Se eu pudesse fazer isso, seria a melhor opção para mim. Mas a regra do jogo está aí e eu tenho que jogar dentro das quatro linhas, não só da Constituição, bem como das leis aqui no Brasil.”

Bolsonaro disse ainda que a proposta formal para integrar o ministério será apresentada a Ciro Nogueira na próxima segunda-feira (26/7), quando o senador deve regressar de uma viagem que está fazendo com a família.

Jair Bolsonaro está sem partido desde novembro de 2019, quando rompeu com o PSL, legenda pela qual chegou ao Planalto. No mesmo mês, lançou o Aliança pelo Brasil, mas a sigla não chegou nem perto de ser criada: os bolsonaristas validaram pouco mais de 20% das assinaturas necessárias na Justiça Eleitoral.

Nos últimos meses, Bolsonaro vinha negociando com o Patriota. Em 31 de maio, o senador Flávio Bolsonaro (RJ) se filiou à legenda e abriu caminho para a ida do pai.

No entanto, convenções do partido para alterar o estatuto da sigla e garantir poderes a Bolsonaro foram contestadas e o presidente da legenda, Adilson Barroso, foi afastado da presidência e tornou-se alvo do Conselho de Ética do Patriota.

Na última terça-feira (20/7), Barroso admitiu que Bolsonaro não concorrerá pela sigla em 2022. “O presidente não tem muito tempo a perder e já deve estar tomando providências para ir para outro partido, né? Por enquanto a conversa está encerrada”, declarou.

A propósito da filiação de Flávio Bolsonaro há apenas 50 dias, Barroso disse: “O Flávio pode se filiar e desfiliar até a hora que quiser. Não sei até quando ele fica”. A julgar pelas declarações de Adilson Barroso, as chances de reverter o quadro e conseguir atrair o presidente são baixas.






Fonte: Metrópoles

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