Após ordem de prisão, Roberto Jefferson chama Moraes de “cachorro do STF”
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WILTON JUNIOR/Estadão |
Após ter a prisão preventiva decretada nesta sexta-feira (13/8), o ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, usou uma conta alternativa no Twitter para se queixar da determinação: “Vamos ver de onde parte essa canalhice”, escreveu.
Na sequência, o político chamou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de “cachorro do STF” e relacionou as ações do Supremo às da Venezuela.
Roberto Jefferson tem usado um perfil alternativo na rede social desde que a conta oficial foi retida pela plataforma.
O pedido de prisão partiu da Polícia Federal, que detectou a atuação de Jefferson em uma espécie de milícia digital que tem feito ataques aos ministros do Supremo e às instituições.
Segundo a filha dele, ex-deputada Cristiane Brasil, o pai não está bem de saúde. A ex-deputada reclamou que a PF foi à casa da ex-mulher de Jefferson, mesmo separados há 20 anos.
“Mais uma vez a PF tirou minha mãe da cama, às 6h da manhã, que tem 70 anos, dificuldade de locomoção, batendo na casa errada. Ela é meu pai já estão separados há 20 anos. Somos perseguidos políticos — a família inteira, é isso? E meu pai, pelo que sei, não está bem de saúde. Daqui a pouco o Alexandre vai mandar prender os filhos também?”, disse Cristiane ao colunista do Metrópoles Guilherme Amado.
“Somos perseguidos políticos”, diz filha de Roberto Jefferson
A investigação sobre Roberto Jefferson faz parte do novo inquérito aberto por ordem de Moraes após o arquivamento do inquérito dos atos antidemocráticos, para apurar uma organização criminosa digital.
Delator do escândalo do Mensalão, o ex-deputado já foi preso após condenação no caso. Atualmente, Jefferson é aliado do presidente Jair Bolsonaro e tem veiculado com frequência vídeos com ataques aos ministros do Supremo. Ele costuma se encontrar com o mandatário, ministros de Estado e o vice-presidente da República no Palácio do Planalto e em agendas no Rio.
Jefferson também já convidou Bolsonaro, que está sem partido desde o fim de 2019, a se filiar ao PTB para disputar a reeleição em 2022.
Fonte: Metrópoles
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