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Em pregão morno, dólar à vista avança 0,11% e fecha a R$ 5,2606

Investidores também começam a se posicionar para divulgação, na quinta-feira (10), do índice de preços ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos em janeiro (Crédito: Pixabay)

Após cair 1,26% ontem, quando fechou no menor nível desde 15 de setembro, o dólar à vista esboçou um movimento de recuperação nesta quarta-feira (08), em meio ao sinal positivo da moeda americana no exterior e à perda de fôlego dos preços das commodities. Investidores também começam a se posicionar para divulgação, na quinta-feira (10), do índice de preços ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos em janeiro, puxando para cima o retorno dos Treasuries. Se a inflação vier mais pressionada que o previsto, vão crescer as apostas em ação mais agressiva do Federal Reserve.

Apesar da divulgação da ata do Copom, o pregão foi morno, com oscilações modestas da taxa de câmbio, de apenas cerca de três centavos entre a mínima (R$ 5,2517) e a máxima (R$ 5,2887). Afora uma queda pontual pela manhã, a moeda trabalhou com sinal positivo ao longo do dia e encerrou os negócios a R$ 5,2606, avanço de 0,11%. O dólar perde 0,85% em fevereiro e 5,65% no acumulado do ano.

A ata do colegiado do BC trouxe um tom mais duro que o do comunicado da semana passada, quando a taxa Selic foi elevada em 1,5 ponto porcentual, para 10,75% ao ano. Em sua ata, o Copom revela que suas projeções de inflação para 2022 e 2023 estão acima do teto da meta no seu cenário básico, reitera o risco de desancoragem das expectativas diante das incertezas em torno do “arcabouço fiscal” e acena com “ajustes adicionais” da taxa básica, embora em menor ritmo.

Foi o bastante para que diversas casas – como JP Morgan, Barclays e Bank of America – revisassem para cima suas expectativas para o nível da taxa básica, com prevalência de projeção de alta de 1 ponto porcentual em março e de 0,50 ponto em maio, o que levaria a Selic para 12,25% ao ano. Amanhã, sai o IPCA de janeiro, cuja leitura pode ratificar a aposta em aperto monetário mais intenso.

De forma geral, a avaliação é que, a despeito da expectativa de manutenção de um diferencial de juros elevado, na esteira do aceno do Copom de Selic na casa de 12%, o dólar experimentou hoje uma acomodação no mercado doméstico de câmbio. Há dúvidas se o fluxo de recursos estrangeiros se manterá em ritmo elevado tanto para Bolsa como para a renda fixa, apesar de o Brasil ter taxa real de juros muito atraente.

O diretor de estratégia da Inversa Publicações, Rodrigo Natali, observa que as commodities começam a ter um desempenho “pior na margem”, o que tira o apelo dos ativos domésticos. O real, diz Natali, se beneficiou do fluxo positivo de recursos estrangeiros, fruto da rotação das carteiras promovida pelos investidores estrangeiros em janeiro.

Estadão

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