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França diz que Putin não está pronto para encerrar guerra na Ucrânia e combates se alastram

Vista aérea mostra edifício residencial destruído por bombardeios em Borodyanka, na região de Kiev

Os combates se alastraram nos arredores de Kiev neste sábado, e os fortes bombardeios em outros locais ameaçavam as novas tentativas de retirar civis, enquanto a França disse que o presidente russo, Vladimir Putin, não mostrou disposição de encerrar a guerra na Ucrânia

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse que a Rússia enviaria novas tropas, após as forças ucranianas tirarem de ação 31 dos seus batalhões de grupos táticos, no que ele chamou de a pior baixa do Exército russo em décadas. Não foi possível verificar suas afirmações.

Zelenskiy afirmou que cerca de 1.300 soldados ucranianos foram mortos desde que o conflito começou e pediu que o Ocidente se envolva mais nas negociações de paz. O presidente sugeriu que as forças russas enfrentariam uma luta até a morte se tentassem entrar na capital.

“Se eles decidirem bombardear (Kiev), e simplesmente apagar a história desta região, a história da Rússia de Kiev, a história da Europa, e destruir todos nós, então eles entrarão em Kiev. Se for esse o objetivo deles, deixe que venham, mas terão que morar nesta terra sozinhos”, disse, em entrevista coletiva.

Zelenskiy discutiu a guerra com o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o presidente francês, Emmanuel Macron, e líderes franceses depois falaram com Putin por telefone e pediram que o líder russo ordenasse um cessar-fogo imediato.

Um comunicado do Kremlin sobre a ligação de 75 minutos não fez menção a um cessar-fogo e um funcionário da Presidência francesa disse: “Não detectamos uma disposição da parte de Putin de acabar com a guerra”.

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, acusou os Estados Unidos de piorarem as tensões e disse que a situação havia sido complicada por comboios de remessas de armas do Ocidente à Ucrânia, que as forças russas consideraram “alvos legítimos”.

Em comentários publicados pela agência de notícias Tass, Ryabkov não fez uma ameaça específica, mas qualquer ataque em comboios desse tipo antes que eles chegassem à Ucrânia seria um risco de ampliar a guerra.

Respondendo ao pedido de Zelenskiy para que o Ocidente se envolva mais com as negociações de paz, um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA disse: “Se houver ações diplomáticas que possamos tomar que o governo ucraniano acredite serem benéficas, estamos preparados para tomá-las”.

Reuniões entre Moscou e Kiev continuavam por meio de ligações de vídeo, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, segundo a agência de notícias russa RIA. Ele não deu detalhes, mas o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse que Kiev não se renderá ou aceitará ultimatos.

Ataques de foguetes russos destruíram uma base aérea ucraniana e atingiram um depósito de munição perto da cidade de Vasylkiv na região de Kiev, disse o seu prefeito, segundo a agência Interfax da Ucrânia.

O Ministério da Defesa do Reino Unido afirmou que os conflitos ao noroeste da capital continuavam, com o grosso das forças terrestres da Rússia a 25 kms do centro de Kiev, que disse que a Rússia pode atacar dentro de dias.

Kharkiv, Chernihiv, Sumy e Mariupol permaneceiam cercadas sob fortes bombardeios da Rússia, disse.

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