Novo estudo associa adoçantes artificiais ao maior risco de câncer - Mix de Notícias

Últimas do Mix

Novo estudo associa adoçantes artificiais ao maior risco de câncer

 

Freepik

Um estudo publicado no final de março na revista científica PLOS Medicine revela que a ingestão de adoçantes artificiais, muito comuns em bebidas diet como refrigerantes e energéticos, pode aumentar o risco de câncer.

Como mostra o site americano Eat This, Not That!, os pesquisadores analisaram um banco de dados em que mais de 100.000 adultos franceses responderam questionários sobre nutrição e saúde. Os participantes foram acompanhados por um período médio de cerca de oito anos e o consumo de diferentes adoçantes artificiais foi comparado ao risco de vários tipos de tumor.

“Até onde sabemos, nenhum estudo de coorte anterior investigou diretamente as associações entre a ingestão quantitativa de adoçantes artificiais, distinguindo os diferentes tipos de adoçantes, e o risco de câncer. Neste grande estudo populacional, adoçantes artificiais, especialmente aspartame e acessulfame-K, que são usados em muitas marcas de alimentos e bebidas em todo o mundo, foram associados ao aumento do risco de câncer”, afirmam as pesquisadoras Charlotte Debras e Mathilde Touvier, da Universidade Sorbonne Paris Nord, da França, duas autoras do estudo, entrevistadas pelo site americano.

O Eat This, Not That! Lembra que pesquisas anteriores já haviam associado o aspartame à hiperglicemia (aumento de açúcar no sangue) e à inflamação, bem como ao risco aumentado de insensibilidade à insulina. O acessulfame-K, por sua vez, foi vinculado ao câncer e à intolerância à glicose.

O aspartame é muito usado em balas de goma, cereais e bebidas, enquanto o acessulfame-K pode ser encontrado em doces congelados, bebidas e produtos de panificação.

Vale lembrar que o estudo é observacional, sem relação causal. Ou seja, a maior chance de contrair câncer pode não ser o resultado direto do consumo desses adoçantes artificiais.

“Os resultados precisam ser replicados em outras coortes de grande escala e os mecanismos subjacentes devem ser esclarecidos por mais estudos experimentais. Além disso, eles não devem ser interpretados como sugestão para consumir açúcar em vez de adoçantes artificiais. A ingestão excessiva de açúcar definitivamente causa muitas doenças crônicas e também deve ser limitada”, alertam as pesquisadoras, citadas pelo site americano.


Trends BR*

Nenhum comentário