Alvo de críticas, Fábio Porchat diz que humoristas têm “direito de ofender” - Mix de Notícias

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Alvo de críticas, Fábio Porchat diz que humoristas têm “direito de ofender”

 

Imagem: Reprodução

Fábio Porchat se pronunciou nesta quarta-feira (17/5) sobre a repercussão do tuíte feito por ele em apoio a Léo Lins. Na publicação controversa, o apresentador do Que História É Essa, Porchat demonstra indignação com a decisão judicial que obrigou Lins a apagar um especial de comédia e se abster de fazer piadas preconceituosas. O posicionamento de Fábio dividiu opiniões e foi alvo de críticas.

“Não gosta de uma piada? Não consuma essa piada. Se a piada não incitou o ódio e a violência ela é só uma piada. Tem piada de todos os tipos, de pum e de trocadilho, ácida e bobinha. Tem piada de mau gosto? Tem também. Tem piada agressiva? Opa. Mas aí é só não assistir. Quem foi lá assistir ao Leo Lins adorou. Riram muito. Quem não gostou das piadas são os que não foram. Pronto, assim que tem que ser”, iniciou ele em um post no Instagram.

Em um dos trechos de seu texto, Fábio diz que humoristas têm o direito de ofender.

“Ah, mas faz piada com minorias… E qual o problema legal? Nenhum. Dentro da lei pode-se fazer piada com tudo tudo tudo. Não gostar de uma piada não te dá o direito de impedir ela de existir. Ainda mais previamente. Impedir o comediante de pensar uma piada é loucura. Mesmo que você não goste desse comediante, mesmo que você despreze tudo o que ele diz, ele tem o direito de dizer. Ele tem o direito de ofender. Não existe censura do bem”, argumetou Porchat.

“Se cada pessoa que se ofender com uma piada resolver tirar ela do ar não sobra um Joãozinho, um papagaio, um argentino. Pra mim democracia não é um regime pra você defender as suas ideias, mas pra quem você não concorda poder defender as delas. Não confundam ‘não gosto dele’ com ‘ele não pode falar’. Não entrem nessa conversa com a emoção, entrem com a razão”, finalizou ele.

Entenda

A decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que proibiu Léo Lins de fazer piadas com minorias atende a um pedido do Ministério Público de São Paulo, sob o argumento de que o o humorista estaria “reproduzindo discursos e posicionamentos que hoje são repudiados”, como piadas sobre escravidão, perseguição religiosas e pessoas com deficiência.

O tribunal ainda determinou que Lins apague de seu canal no Youtube um vídeo publicado no final de 2022 que contava com mais de 3 milhões de acessos.

Solidário a Leo Lins, Fábio Porchat compartilhou reportagem sobre o processo e disparou: “Isso aqui é uma vergonha! Inaceitável!”.

O posicionamento dividiu opiniões. “Achei foi pouco. Piada com minorias nos dias em que vivemos não dá pra aturar mais. É sempre um hetero branco defendendo essas coisas. Achei bem feito! Kd aquele seu discurso sobre “não precisamos rir das minorias”? Foi pra parecer legal? Decepção, Fabio”, escreveu a drag queen Pietra Parker.

“O ano é 2023. Tem piada que hj em dia é inaceitável. Dá pra ser engraçado sem ofender ninguém. A ofensa e o palavrão são muletas fáceis para humoristas ou comediantes sem talento, apelativos”, opinou uma internauta.

Também teve internauta que resgatou vídeos em que Fábio Porchat critica piadas preconceituosas. “Tua cara nem treme né?”, questionou um usuário do Twitter. Veja:


Metrópoles*

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