Prefeito pede 'socorro federal' após aumentar a violência do tráfico de drogas em Tabatinga - Mix de Notícias

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Prefeito pede 'socorro federal' após aumentar a violência do tráfico de drogas em Tabatinga

Foto: Montagem/Mix de Notícias 
O prefeito de Tabatinga, Saul Nunes Bemerguy (MDB) foi a Brasília, na terça-feira (11), levar ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, um ofício em que expõe situação de “guerra” no município. Pelo relato, registrado no documento entregue a Flávio Dino, Tabatinga está sob domínio da criminalidade. O relatório entregue ao ministro é um pedido de socorro.

Segundo Saul Nunes, Tabatinga, que é rota do tráfico de drogas na região amazônica, sofre com altas taxas de homicídio, migração internacional ilegal, ausência do Estado na implementação de ações de segurança e com metade da população em situação de vulnerabilidade social.

No documento, o prefeito diz que a cidade enfrenta ausência de políticas públicas, redução no efetivo de policiais militares e civis e carência de recursos, e que “os poderes públicos federal e estadual desconsideram ou desconhecem essa grave demanda social”..

Saul Nunes pediu intervenção à migração ilegal da Colômbia e Peru, que, segundo ele, contribui para a sobrecarga da demanda em atendimentos sociais, principalmente porque a cidade possui ligação direta com a colombiana de Letícia. Segundo o prefeito, muitos dos estrangeiros não possuem documento de identificação gerando impactos à gestão da segurança pública, cidadania e direitos humanos.

Números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que Tabatinga tem 66.764 habitantes. O número de moradores aumentou 27% em relação a 2010, quando eram 52.279. De acordo com o prefeito, 30% da população do município é indígena. São 70 mil da etnia Ticuna e 15 mil das etnias Ticuna de Umariaçu I, Umariaçu II e Belém do Solimões.

Segundo o documento de Saul Nunes, os indígenas da região de Tabatinga, principalmente os jovens, também sofrem com problemas como violência, uso de drogas, alcoolismo, o que potencializa roubos e furtos na cidade. O prefeito cita “falta de alternativas para jovens e adolescentes”.

“As escolas e seus gestores recebem pouco incentivo e recursos para criar estratégias de enfrentamento ao problema da violência difusa, desaculturação dos jovens e potencialização ideológica de uma cultura da paz, continuando o clima beligerante e hostil, propício para a violência entre os jovens e adolescentes. Atualmente não há um movimento minimamente estruturado capaz de fazer frente a esse problema”, diz o documento encaminhado a Capital Federal

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