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Transporte fluvial de carga deve ser normalizado só em março em Manaus

Foto: Divulgação/Sindarma
O Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial do Amazonas (Sindarma) apontou que o transporte fluvial de combustíveis, alimentos e insumos para fábricas em Manaus deve ser normalizado somente em março ou abril de 2024. O órgão considera que, mesmo com chuvas agora em dezembro e a subida do nível nos principais rios do estado, as condições de navegação ainda são arriscadas.

“As bacias e hidrovias não estão secas como no auge do verão, mas a subida está lenta e muito abaixo do que seria normal para este mês. O transporte de cargas não foi interrompido nos piores momentos da crise e não será agora, mas estamos atentos para assegurar a continuidade das operações dentro das normas de segurança e sustentabilidade”, explicou o vice-presidente do Sindarma, Madson Nóbrega.

Ele ainda dstacou que nesta primeira quinzena de dezembro algumas das regiões mais preocupantes, de acordo com o nível dos rios, são o Alto Solimões, próximo do município de Tabatinga, e na Boca do Madeira, entre Nova Olinda do Norte e Borba.

Em Manaus, o nível do Rio Negro está em 15,97 m nesta sexta-feira (15). O rio encheu 18 cm de quinta para sexta.

“As chuvas na Região Metropolitana de Manaus têm pouco efeito para as condições de navegabilidade na bacia. O importante é que chova nas cabeceiras dos rios nos Andes, no Peru e na Bolívia. Quanto maior o volume nestes locais, melhor a navegação em toda a Amazônia”, destacou Madson Nóbrega.

Prejuízos

Dados da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) divulgados em novembro indicavam que a seca no Amazonas teve reflexos pontuais na navegação da região. Na bacia do Rio Negro, o volume de cargas transportadas entre julho e setembro diminuiu 18,3% em comparação com o mesmo período de 2022, principalmente de óleo bruto (-83%) e derivados de petróleo (-23%).

Ainda segundo o órgão, na hidrovia do Rio Amazonas, houve o crescimento de 1,8% na navegação interior e na do Rio Madeira, uma das mais afetadas na estiagem, não houve redução nos volumes transportados no terceiro trimestre de 2023, com queda de 42% nos contêineres transportados.

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