Laudo revela que não houve violência, nem uso de drogas em morte de jovem que saiu com jogador do Corinthians
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Crédito: Reprodução |
Os documentos, obtidos com exclusividade pelo “Fantástico”, da TV Globo, ainda revelaram que não havia fraturas nem sinais letais de violência. Além disso, não foi encontrado esperma de Dimas na jovem, confirmando o relato dele de que houve uso de camisinha durante a relação sexual.
A jovem Livia sofreu uma ruptura de cinco centímetros de extensão no saco de Douglas, estrutura entre o útero e o reto. A lesão, segundo o laudo, foi causada por um “objeto contundente”, ainda não especificado.
Atendimento do Samu
O “Fantástico” teve acesso ao depoimento da médica do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que atendeu a ocorrência. A profissional destacou que a ambulância não conseguiu entrar no condomínio e, depois, a equipe precisou andar cerca de 100 metros até chegar ao prédio de Dimas e subir ao oitavo andar.
No apartamento, a médica encontrou o jovem fazendo massagem cardíaca em Livia e falando pelo celular com um atendente do Samu. Nesse momento, os socorristas assumiram a emergência e, como a garota não apresentava sangramento, não foi necessário a realização de contenção.
Câmeras de segurança do condomínio registraram o momento em que um dos socorristas retornou à ambulância para pegar um reanimador manual, usado em casos de insuficiência respiratória, pois o equipamento que tinham levado não estava funcionando direito.
Ao todo, desde o pedido de socorro até a chegada de Livia no Hospital Municipal do Tatuapé, em São Paulo, foram 51 minutos. A jovem teve quatro paradas cardíacas, uma delas a caminho da unidade de saúde.
O caso é investigado pela polícia como morte suspeita e as autoridades ainda aguardam os relatórios médicos para verificar se Livia tinha alguma doença.
Ao programa, a defesa de Dimas criticou a demora no atendimento do Samu. “Tempo foi fundamental para a evolução do óbito, demorou demais. Será que o Samu está preparado para atendimento obstetrício?”, questionou.
A Prefeitura de São Paulo, responsável pelo Samu, afirmou que a ambulância chegou à portaria do condomínio 11 minutos depois de receber o chamado e destacou que os profissionais ficaram “presos” no local, porque os funcionários não tinham sido informados sobre a ocorrência.
Para a administração municipal, a defesa de Dimas tenta “imputar responsabilidade descabida ao Samu, serviço fundamental para salvar vidas”.
Situação no Corinthians
Após o ocorrido, Dimas saiu do Corinthians e retornou para o clube Coimbra, em Minas Gerais.
Ele estava emprestado para o Corinthians e o seu contrato iria até o final de 2024, mas, segundo a defesa dele, o jovem está “extremamente abalado” e “não tinha mais clima” para ele permanecer no time paulista.
*Istoé
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