Prefeitura de Manaus promove mobilização e divulga bairros mais vulneráveis ao Aedes aegypti - Mix de Notícias

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Prefeitura de Manaus promove mobilização e divulga bairros mais vulneráveis ao Aedes aegypti

Fotos – Antônio Pereira /Semcom 
A Prefeitura de Manaus promoveu, na manhã desta quinta-feira, 12/12, na Igreja Santa Teresinha, bairro Alvorada 2, zona Oeste, uma mobilização contra as arboviroses. A programação foi organizada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e marcou a Semana de Combate ao Aedes aegypti, instituída por lei estadual para ser comemorada na primeira semana de dezembro de cada ano.

O chefe do Núcleo de Controle de Agravos Transmitidos pelo Aedes (Nucata/Semsa), Edvaldo Raimundo Rocha, explicou que o evento é mais uma estratégia para sensibilizar a população na execução de ações de prevenção e no fortalecimento do trabalho de controle do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

“Esse é mais um movimento que a Semsa fez para reforçar o alerta junto à população, já que o período de chuvas em Manaus começou, o que aumenta o risco de proliferação do Aedes aegypti. Foram realizadas ações de educação em saúde com distribuição de folderes e cartazes informativos”, informa Edvaldo Rocha.

Fotos – Antônio Pereira /Semcom 
As equipes da Semsa também organizaram a exposição do ciclo biológico do Aedes aegypti, maquetes com possíveis cenários mostrando criadouros predominantes do Aedes no município de Manaus e um stand com exposição de equipamentos utilizados no combate ao mosquito.

Dados da Semsa mostram que o município de Manaus registrou neste ano o total de 10.339 casos notificados de dengue (casos suspeitos), e 2.606 casos confirmados da doença. Também houve o registro de 41 notificações de zika e 27 casos confirmados. Em relação à chikungunya, foram 303 casos notificados e 20 casos confirmados da doença.

De acordo com Edvaldo Rocha, o período de novembro a maio é considerado epidêmico para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, devido ao calor e às chuvas, que criam condições ideais para a proliferação do mosquito.

“É importante que os serviços de saúde fiquem mais alertas para identificar casos suspeitos. A população também deve reforçar os cuidados com a própria casa e terreno. A orientação é a aplicação do Check List 10 Minutos Contra Aedes, em que a população pode usar 10 minutos por semana para eliminar possíveis criadouros do mosquito. O ciclo reprodutivo do Aedes aegypti, do ovo ao mosquito adulto, leva de 7 a 10 dias. Então, a limpeza semanal dos criadouros é capaz de evitar a proliferação do vetor”, explicou Rocha.

Fotos – Antônio Pereira /Semcom 
Para a comerciante Maria Lúcia Almeida de Souza, moradora do bairro Alvorada, a ação educativa é importante para alertar os moradores do bairro sobre os cuidados que devem ser mantidos diariamente.
“Procuro manter todos os cuidados diariamente, não deixo água parada, cuido das plantas, faço a vistoria na caixa d’água e mando lavar todos os meses. O problema é que nem todo mundo tem esses hábitos. Mas é importante que os outros colaborem, que coloquem o lixo no lugar certo e no horário da coleta para não deixar espalhar na rua”, orientou a comerciante.
LIRAa
Na programação no bairro Alvorada, a Semsa divulgou o resultado do 2º Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) do ano de 2024, que foi realizado entre 11 e 23 de novembro, com o apoio de 261 profissionais na vistoria em 26.698 imóveis selecionados por amostragem nos 63 bairros de Manaus.
Durante as visitas, os agentes de saúde tinham como meta obter informações sobre o índice atual de infestação do mosquito, identificar e coletar as formas imaturas (larvas), bem como eliminar ou tratar os potenciais criadouros, além de orientar a população sobre os sintomas das doenças.
Fotos – Antônio Pereira /Semcom 
O resultado do LIRAa apontou que Manaus apresenta um índice de Infestação Predial de 1,8%, o que representa médio risco para as doenças transmitidas pelo Aedes (médio risco compreende valores entre 1,0 e 3,9). Desde 2012, Manaus vem mantendo o índice de infestação na categoria de médio risco.
O levantamento também identificou que os tipos de depósitos que mais contribuem para a proliferação do mosquito Aedes aegypti são os depósitos móveis, como vasos, frascos com água, pratos, pingadeiras e bebedouros, que representaram 35,3% dos depósitos encontrados nas vistorias.
Em seguida, os depósitos de armazenamento de água para consumo em nível de solo, como tambores, tonéis ou camburões, barris e tinas, representaram 27,5% do total. Já os depósitos tipo lixo, recipientes, garrafas, latas e ferro velho, apresentaram resultado de 23,8%.
Mapa de Vulnerabilidade
A partir do resultado do LIRAa (indicadores de índice de infestação e depósitos predominantes), agregando informações sobre a ocorrência de casos notificados das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, a Semsa elaborou um Mapa de Vulnerabilidade que permite identificar as zonas e bairros com maior risco para as doenças.
Na análise de dados, foram identificados 11 bairros prioritários e classificados em Alta Vulnerabilidade, 32 bairros classificados em Média Vulnerabilidade e 20 bairros em Baixa Vulnerabilidade.
O resultado do diagnóstico aponta que o Distrito de Saúde (Disa) Oeste é a área com maior número de localidades de alta vulnerabilidade (sete bairros). O Disa Leste apresenta quatro bairros em alta vulnerabilidade. Os Disas Norte e Sul apresentaram apenas bairros em média e baixa vulnerabilidade.
O chefe da Divisão de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores da Semsa, Alciles Comape, explicou que a partir do resultado do LIRAa e com as informações do Mapa de Vulnerabilidade foi possível planejar uma série de ações priorizando as áreas de maior risco para evitar que Manaus registre surtos ou epidemias.
Fotos – Antônio Pereira /Semcom 
“As equipes já estão atuando com visita domiciliar para conscientizar moradores sobre medidas de prevenção, e eliminando ou tratando criadouros com larvicidas. Cada pessoa pode colaborar fazendo uma varredura no domicílio, eliminando depósitos de água, tampando os depósitos que não podem ser eliminados e dando destinação adequada ao lixo. São medidas simples, mas que fazem uma diferença muito grande no controle da infestação do mosquito e da disseminação das doenças”, afirmou Alciles.
Os 11 bairros em Alta Vulnerabilidade são: Tarumã-Açú, Tarumã, Redenção, Alvorada, São Jorge, Compensa e Santo Antônio (zona Oeste); e Armando Mendes, São José, Tancredo Neves e Jorge Teixeira (zona Leste).
Os bairros de média vulnerabilidade são: Distrito Industrial 1, Japiim, Vila Buriti, Parque 10, Betânia, Centro, Flores, Petrópolis, Aleixo e São Lázaro (zona Sul); Ponta Negra, Santo Agostinho, Lírio do Vale, Planalto, Bairro da Paz, Dom Pedro, Glória e São Raimundo (zona Oeste); Cidade de Deus, Novo Aleixo, Cidade Nova, Colônia Santo Antônio, Novo Israel, Colônia Terra Nova, Monte das Oliveiras, Santa Etelvina e Lago Azul (zona Norte); Colônia Antônio Aleixo, Puraquequara, Coroado, Zumbi e Gilberto Mestrinho (zona Leste).
Já os bairros de baixa vulnerabilidade são: Morro Liberdade, Nossa Senhora de Aparecida, Praça 14, Chapada, Cachoeirinha, Presidente Vargas, Adrianópolis, Nossa Senhora das Graças, Educandos, Colônia Oliveira Machado, Raiz, São Francisco, Crespo Santa Luzia e São Geraldo (zona Sul); Nova Esperança e Vila da Prata (zona Oeste); Nova Cidade (zona Norte); e Mauazinho e Distrito Industrial 2 (zona Leste).

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