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Julgamento da morte de Maradona é anulado, depois de afastamento de juíza

Diego Armando Maradona, em 2008 — Foto: Josep LAGO / AFP

O julgamento que apurava a responsabilidade da equipe médica na morte de Diego Armando Maradona, em 2020, foi anulado nesta quinta-feira (29/5). Nesta semana, a juíza argentina Julieta Makintach foi afastada do caso, depois de ser acusada de parcialidade. As filhas do ídolo e os sete acusados pediam que o processo fosse recomeçado do zero. Imagens de uma série documental sobre o julgamento foram divulgadas, com a juíza falando diretamente para a câmera em ações aparentemente ensaiadas.

A tal produção que vinha sendo gravada secretamente teria a juíza como protagonista e o título de "Justicia divina" (Justiça divina). Ela teria permitido que a equipe de filmagem gravasse as sessões dentro do tribunal de San Isidro, no norte da cidade de Buenos Aires, o que também não é permitido.

O julgamento já tinha três meses. No trailer que foi descoberto, imagens mostram o dia da morte de Maradona seguidos por takes da juíza caminhando pelo tribunal, cinco anos depois. O promotor Patricio Ferrari disse que ela teve o ofício "de atriz, e não de juíza" ao pedir o seu afastamento.

Makintach negou saber da existência do documentário, aceitou o afastamento e havia expressado o desejo de que o processo seguisse sem ela.

O neurocirurgião Leopoldo Luque, a psiquiatra Agustina Cosachov, o psicólogo Carlos Diaz, a coordenadora médica Nancy Forlini, o coordenador de enfermagem Mariano Perroni, o médico Pedro Pablo Di Spagna e o enfermeiro Ricardo Almiro são acusados de homicídio com dolo eventual por negligência médica no tratamento ao ex-jogador, que morreu aos 60 anos, em sua casa. Se condenados, a pena pelo crime varia de oito e 25 anos de prisão.

Maradona se recuperava de uma cirurgia de retirada de um coágulo no cérebro. Ele foi encontrado morto em casa, duas semanas depois de receber alta. A acusação afirma que a equipe ofereceu tratamento negligente e deficiente, além de deixar o paciente à própria sorte por um "período prolongado e agonizante".

Um outro grupo de médicos afirmou que ele teria chance de ter sobrevivido, se fosse levado para um hospital. Um dos enfermeiros que cuidava de Maradona disse ainda ter visto sinais de alerta, mas que teria recebido ordens para não acordá-lo, O ídolo acabou morrendo no dia 25 de novembro de 2020, vítima de um ataque cardíaco.

*Extra

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