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Justiça mantém prisão de mulher acusada de exercer ilegalmente a medicina em Manaus

Foto: Divulgação
A Justiça do Amazonas manteve, nesta terça-feira (20), a prisão preventiva de Sophia Livas de Morais Almeida, de 32 anos, acusada de atuar ilegalmente como médica na capital amazonense. Ela foi presa em flagrante na manhã de segunda-feira (19), por policiais civis, enquanto trabalhava em uma academia na Zona Centro-Sul de Manaus.

Embora tenha formação em Educação Física, Sophia se apresentava como médica, inclusive em perfis nas redes sociais. De acordo com a Polícia Civil, ela utilizava um carimbo furtado de uma médica real, com o mesmo primeiro nome, para prescrever medicamentos e atuar em hospitais públicos, clínicas privadas e até ministrar aulas em faculdades de medicina.

Prescrição de remédios controlados e falsos atestados

As investigações apontam que Sophia vinha atuando de forma ilegal há pelo menos dois anos. Em um dos casos investigados, ela teria prescrito medicamentos tarja preta para duas crianças com autismo, sem possuir qualquer qualificação médica.

Outras denúncias dão conta de que a suspeita também emitiu atestados médicos falsos para ao menos dois homens, o que teria levado à demissão dos beneficiários por justa causa.

Material médico, crachás e presença em podcast

Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão, foram encontrados com a suspeita receituários médicos, crachás hospitalares e outros documentos que indicam o exercício ilegal da profissão. A polícia também identificou que Sophia mantinha um podcast sobre saúde infantil, onde entrevistava profissionais e fazia declarações como se fosse médica.

Em um episódio publicado em janeiro de 2025, ela chegou a propor políticas públicas para crianças cardiopatas e chegou a criticar a postura de médicos em diagnósticos sensíveis. A Polícia Civil afirma ainda que Sophia dizia ter sido gestora de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), cargo que nunca ocupou oficialmente.

Logo após a prisão, os perfis nas redes sociais e o canal do podcast foram retirados do ar.

Vínculo com hospital investigado

As autoridades também apuram o uso indevido do nome de uma médica vinculada ao Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), onde o carimbo teria sido obtido. Em nota, a instituição informou que Sophia nunca trabalhou como médica no hospital, embora tenha sido aluna de um programa de mestrado em Educação Física. O hospital afirmou colaborar com as investigações.

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