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No dia de Ancelotti, relembre as estreias dos últimos técnicos na seleção brasileira

Carlo Ancelotti observa a movimentação dos jogadores no primeiro treino da seleção em Itaquera — Foto: Rafael Ribeiro / CBF

Nesta quinta-feira, Carlo Ancelotti terá seu primeiro compromisso como treinador da seleção brasileira. O italiano terá pela frente o Equador, um adversário que deve apresentar pouca dificuldade e um resultado positivo já pode deixar o Brasil praticamente classificado para a Copa do Mundo de 2026. O início de trabalho, no entanto, pode não ser um reflexo da passagem dos treinadores pela seleção. Relembre como foi a estreia dos últimos cinco comandantes. 

Dorival Júnior 

Já pressionando pelos resultados da Era Diniz que levaram o Brasil a ficar no limite da zona de classificação para a Copa do Mundo, Dorival Júnior assumiu o trabalho em janeiro de 2024. Na estreia, dois amistosos: contra Inglaterra e Espanha, o último parte de uma campanha conjunta dos países contra o racismo. A vitória por 1 a 0 sobre os ingleses e o empate em 3 a 3 com os espanhóis animou a torcida. Principalmente pelo gol de Endrick contra a Inglaterra, na estreia da então promessa de 17 anos com a camisa da seleção brasileira.

Embora tenha tido apenas duas derrotas durante os 14 meses que ficou à frente da seleção, as sete vitórias e, principalmente, os sete empates geraram frustração (e 58,3% de aproveitamento). Ele deixou o cargo com pouco mais de um ano de trabalho, tendo a derrota de 4 a 1 para a Argentina como estopim para a demissão. 

Fernando Diniz 

Ao mesmo tempo em que levava o Fluminense ao título inédito da Libertadores, em 2023, Fernando Diniz topou o desafio de assumir a seleção brasileira como interino — sem deixar de lado o clube carioca. A estreia foi em setembro de 2023, na primeira partida das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026. O resultado não poderia ser mais animador: no Mangueirão lotado com mais de 90 mil espectadores, o Brasil atropelou a Bolívia por 5 a 1.

Rodrygo e Neymar marcaram duas vezes e Raphinha completou a goleada, que encheu o universo do futebol brasileiro de esperança. Na sequência, o Brasil venceu o Peru por 1 a 0, mas o empate com a Venezuela e a derrota para o Uruguai na Data Fifa estremeceram o trabalho. As derrotas para Colômbia e Argentina, em três meses de gestão, foram suficientes para encerrar o ciclo de Fernando Diniz. Ele deixou a equipe com duas vitórias, um empate e três derrotas, um aproveitamento de 38,9% e o Brasil no limite da zona de classificação ao Mundial.

Ramon Menezes 

Então treinador da seleção sub-20, Ramon Menezes assumiu como interino o cargo deixado por Tite. Mas logo na estreia o acordo já deu o primeiro sinal de que não duraria muito: em março de 2023, a seleção brasileira enfrentou o Marrocos — quarto colocado da Copa do Catar, menos de seis meses depois do feito histórico — em um amistoso e saiu derrotado por 2 a 1.

Foram só mais dois jogos de Ramon no comando: a vitória por 4 a 1 sobre Guiné e a derrota por 4 a 2 sobre Senegal, ambas em junho. A segunda Data Fifa de Ramon se transformou na última, e ele encerrou a passagem na seleção com apenas três partidas e aproveitando de 33,3%. 

Tite 

Em setembro de 2016 foi a vez de Tite assumir o cargo. Ele comandou sua primeira partida justamente pelas Eliminatórias da Copa. O Brasil venceu o Equador por 3 a 0 em uma arrancada final na partida. De pênalti, Neymar balançou as redes aos 27 minutos do segundo tempo e Gabriel Jesus ampliou aos 42 — assistência de Marcelo — e fechou o placar aos 47, com passe de Neymar.

O início do trabalho de Tite foi impecável: foram oito vitórias em oito jogos, entre amistosos e partidas das Eliminatórias, incluindo um triunfo por 3 a 0 sobre a Argentina. Mas na nona partida, a seleção brasileira reencontrou os maiores rivais e foi derrotada em um amistoso por 1 a 0. Foi o primeiro revés da seleção de Tite em um ano de trabalho. No total, o treinador comandou o Brasil em 81 jogos, com 60 vitórias, 15 empates e seis derrotas, resultando em um aproveitamento de 81,3%.

Dunga 

Depois do 7x1 e a demissão de Luiz Felipe Scolari, Dunga foi chamado de volta à seleção brasileira — sua primeira passagem durou de 2006 a 2010. A reestreia foi em setembro de 2014, nos primeiros compromissos da seleção após a Copa do Mundo do Brasil. Na primeira partida, o Brasil recebeu a Colômbia em um amistoso na Flórida e venceu por 1 a 0 com gol de Neymar.

O início de Dunga foi animador, com 10 vitórias consecutivas, entre amistosos e a estreia na Copa América Centenário. Mas a eliminação precoce nas quartas de final (perdeu para o Paraguai nos pênaltis) começou a dar indícios de rachaduras no esquema. Um ano depois, a eliminação após a derrota para o Peru na Copa América foi o estopim para a demissão do treinador, que deixou o cargo com 76,2% de aproveitamento — 10 vitórias, dois empates e duas derrotas.

*Extra

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