Governo estuda executar programa Luz para Todos no Amazonas sem intermediação da concessionária local - Mix de Notícias

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Governo estuda executar programa Luz para Todos no Amazonas sem intermediação da concessionária local

Foto: reprodução 
Durante audiência realizada nesta quarta-feira (9) na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, o secretário nacional de Energia Elétrica, Gentil Nogueira, afirmou que o governo federal estuda executar diretamente o programa Luz para Todos no Amazonas, sem repassar recursos à Amazonas Energia, atual concessionária do serviço no estado.

A declaração veio após questionamento do deputado federal Sidney Leite (PSD-AM), que cobrou providências diante das dificuldades históricas de expansão do acesso à energia elétrica em comunidades ribeirinhas e indígenas do Amazonas.

“Há anos a população do interior do Amazonas sofre com a falta de energia elétrica. A situação da distribuidora local compromete diretamente a implementação de políticas públicas essenciais”, disse o parlamentar.

De acordo com Gentil Nogueira, que substituiu o ministro Alexandre Silveira na audiência, a Amazonas Energia atravessa uma situação “falimentar”, o que tem comprometido a execução de programas federais na região. Diante disso, o governo avalia realizar a operação de forma direta por meio da ENBPar (Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional), vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

Atualmente, a Amazonas Energia passa por um processo de transferência de controle para a Âmbar Energia, empresa do grupo J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista. A negociação, no entanto, ainda depende de aval da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e de desfechos no campo judicial, o que gera incertezas sobre a continuidade do uso da estrutura da concessionária para projetos como o Luz para Todos.

A possível execução direta do programa pelo governo federal representa uma mudança estratégica importante, com o objetivo de acelerar a universalização do acesso à energia elétrica na Amazônia Legal, superando entraves administrativos e corporativos que têm atrasado o atendimento às populações mais isoladas do estado.

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