Governo estuda executar programa Luz para Todos no Amazonas sem intermediação da concessionária local
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Foto: reprodução |
A declaração veio após questionamento do deputado federal Sidney Leite (PSD-AM), que cobrou providências diante das dificuldades históricas de expansão do acesso à energia elétrica em comunidades ribeirinhas e indígenas do Amazonas.
“Há anos a população do interior do Amazonas sofre com a falta de energia elétrica. A situação da distribuidora local compromete diretamente a implementação de políticas públicas essenciais”, disse o parlamentar.
De acordo com Gentil Nogueira, que substituiu o ministro Alexandre Silveira na audiência, a Amazonas Energia atravessa uma situação “falimentar”, o que tem comprometido a execução de programas federais na região. Diante disso, o governo avalia realizar a operação de forma direta por meio da ENBPar (Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional), vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
Atualmente, a Amazonas Energia passa por um processo de transferência de controle para a Âmbar Energia, empresa do grupo J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista. A negociação, no entanto, ainda depende de aval da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e de desfechos no campo judicial, o que gera incertezas sobre a continuidade do uso da estrutura da concessionária para projetos como o Luz para Todos.
A possível execução direta do programa pelo governo federal representa uma mudança estratégica importante, com o objetivo de acelerar a universalização do acesso à energia elétrica na Amazônia Legal, superando entraves administrativos e corporativos que têm atrasado o atendimento às populações mais isoladas do estado.
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