Rio Negro entra em vazante em Manaus após oito meses de cheia severa
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Foto: divulgação |
Neste ano, o Negro atingiu seu pico de 29,05 metros, ultrapassando em cinco centímetros a cota de inundação severa, que é de 29 metros. A cheia, iniciada em outubro de 2024, veio logo após a pior seca registrada em um século no Amazonas e durou quase oito meses, provocando impactos profundos em todo o estado.
Mais de 500 mil pessoas afetadas
Segundo a Defesa Civil, 42 dos 62 municípios amazonenses continuam em situação de emergência. Os efeitos da cheia atingiram mais de meio milhão de pessoas, especialmente em comunidades ribeirinhas e áreas urbanas vulneráveis.
Em Manaus, a prefeitura vem atuando com medidas emergenciais. Entre as ações estão:
- Limpeza de 4.890 bueiros;
- Dragagem de 1.437 metros de igarapés;
- Construção de 1.400 metros quadrados de pontes e passarelas para o acesso de moradores em áreas ainda alagadas;
- Instalação de ecobarreiras flutuantes, que impediram que cerca de 1.350 toneladas de lixo chegassem aos rios.
Monitoramento contínuo e alerta para o futuro
Com a vazante em andamento, o nível do rio deve continuar baixando nas próximas semanas. No entanto, especialistas alertam que os impactos da cheia não terminam com a descida das águas. A combinação de eventos extremos — como secas intensas seguidas de inundações históricas — exige ações permanentes de adaptação climática, infraestrutura resiliente e gestão ambiental eficaz.
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