Condenado à morte nos EUA escolhe método de execução polêmico - Mix de Notícias

Últimas do Mix

Condenado à morte nos EUA escolhe método de execução polêmico

Stephen Bryant, de 44 anos, será executado em 14 de novembro. Foto: Reprodução

Um homem condenado à morte na Carolina do Sul (EUA) por assassinar e torturar vítimas, deixando mensagens escritas com o sangue de uma delas, escolheu morrer por uma execução polêmica: por fuzilamento. Stephen Bryant, de 44 anos, será o terceiro preso a ser executado neste ano pelo método. A execução está marcada para 14 de novembro.

 

Bryant foi condenado pelo assassinato de Willard Tietjen, crime ocorrido dentro de casa em outubro de 2004. De acordo com a investigação, o criminoso queimou os olhos da vítima com cigarros, atirou várias vezes e escreveu na parede, com o sangue de Tietjen, a frase: “catch me if u can” (“me pegue se for capaz”, em português).

 

Segundo a acusação, Bryant também matou outros dois homens nas semanas seguintes, baleados enquanto paravam à beira da estrada. Ele é responsável por uma série de crimes que aterrorizou o condado de Sumter, segundo a CBS News.


No início de outubro, a Suprema Corte dos EUA rejeitou analisar o pedido de revisão da sentença de morte de Bryant. Sua decisão de morrer por fuzilamento, em que disparos são feitos por três atiradores voluntários a uma distância de 4,5 metros, deve gerar nova batalha judicial.

 

O método se tornou polêmico após a execução anterior, de Mikal Mahdi, também por fuzilamento, em abril de 2025. Os advogados do condenado afirmaram que os disparos não acertaram diretamente o coração, o que teria prolongado o sofrimento da vítima por mais de um minuto.

 

Suprema Corte dos EUA decidiu que não vai avaliar a condenação
Suprema Corte dos EUA decidiu que não vai avaliar a condenação. Foto: Reprodução

Segundo eles, o laudo de autópsia mostra apenas dois ferimentos de entrada, embora três pessoas tenham atirado. Testemunhas relataram gemidos e grunhidos durante a execução. Autoridades prisionais afirmam que a execução ocorreu como previsto e que os disparos devem apenas atingir o coração, sem destruí-lo. Segundo elas, é comum que dois tiros acertem o mesmo ponto durante os treinamentos.


Método de fuzilamento é recente no estado

 

A Carolina do Sul retomou as execuções em 2024, após 13 anos de suspensão devido à falta de drogas letais para injeção. Hoje, o estado oferece três opções de execução: injeção letal, cadeira elétrica e fuzilamento. O primeiro fuzilamento desde 2010 nos EUA ocorreu em março de 2025, com Brad Sigmon, seguido por Mahdi no mês seguinte.


Com Bryant, serão oito execuções desde a retomada, e vai marcar a 50ª no estado desde a volta da pena de morte, há quatro décadas. No país, 41 pessoas foram executadas por ordem judicial em 2025, e 18 outras aguardam o cumprimento da sentença até o fim do ano ou em 2026.


Crime cometido há 20 anos


De acordo com o processo divulgado pela CBS News, Bryant foi até a casa de Tietjen alegando problemas no carro. Lá, atirou várias vezes na vítima e acendeu velas ao redor do corpo. Em seguida, molhou um pano em sangue e escreveu na parede: “victim 4 in 2 weeks. catch me if u can” (“vítima 4 em duas semanas. me pegue se for capaz”).


A filha de Tietjen tentou ligar diversas vezes para o pai e, após várias tentativas, ouviu uma voz desconhecida atender e afirmar que havia o matado.


Durante o julgamento, a defesa alegou que Bryant sofria de graves traumas psicológicos e havia pedido ajuda a familiares e a um agente de condicional semanas antes dos crimes, relatando abusos sexuais na infância. Segundo os advogados, ele tentava aliviar o sofrimento usando metanfetamina e cigarros borrifados com inseticida.

* Portal IG

Nenhum comentário