MP barra vendas do Festival de Parintins 2026 após aumento “explosivo” de até 200% nos ingressos
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| Foto: divulgação |
A solicitação foi apresentada pelas promotoras de Justiça Sheyla Andrade dos Santos, titular da 81ª Promotoria de Defesa do Consumidor (Prodecon), e Marina Campos Maciel, da 3ª Promotoria de Parintins. No documento, as representantes do MP apontam que o reajuste é desproporcional e sem qualquer justificativa transparente por parte da empresa organizadora.
Segundo o órgão, o ingresso avulso da arquibancada especial, que em 2025 custava R$ 500, passará a R$ 1.000 em 2026 — um salto de 81,8%. Já o passaporte para as três noites do festival sobe de R$ 1.440 para R$ 3.000, representando um aumento de 108,3%. Quando somados os acréscimos diários, o reajuste total chega a 248,7%.
Com as vendas previstas para iniciarem às 10h da próxima sexta-feira (7), o MP destaca a urgência da decisão para evitar prejuízos aos consumidores.
A promotora Sheyla Andrade enfatizou a importância da transparência nos valores praticados. “O consumidor tem direito de saber o motivo desses aumentos tão expressivos. Consideramos essa prática abusiva e exigimos esclarecimentos da empresa”, afirmou.
O Código de Defesa do Consumidor (arts. 6º e 39) garante ao público o direito à informação clara, precisa e adequada sobre produtos e serviços, além de proteger contra práticas enganosas ou abusivas.
Com base nesses dispositivos, o MP requer que a Amazon Best Turismo e Eventos Ltda., responsável pela comercialização dos ingressos, apresente justificativas econômicas e financeiras para os reajustes. Até que isso aconteça, o Ministério Público pede a suspensão imediata da venda, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.
Além disso, foi solicitado que a empresa retire de todas as plataformas online qualquer link ou anúncio relacionado à comercialização dos ingressos do Festival de Parintins 2026.

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