Kamila Fernanda é alvo de abordagem hostil na Ponta Negra e caso levanta debate sobre violência moral e politização nas redes - Mix de Notícias

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Kamila Fernanda é alvo de abordagem hostil na Ponta Negra e caso levanta debate sobre violência moral e politização nas redes

Foto: reprodução

A jornalista e influenciadora Kamila Fernanda, do perfil Na Boca do Povo, foi alvo de uma abordagem considerada agressiva na noite do Dia da Consciência Negra, enquanto estava com os filhos na Ponta Negra, nas proximidades da roda-gigante inaugurada pelo prefeito David Almeida.

Durante o passeio, homens ligados ao perfil “Amaral Comédia”, que possui mais de 129 mil seguidores e é conhecido por fazer oposição à atual gestão municipal, se aproximaram filmando Kamila e questionando de forma insistente o valor do ingresso de R$ 40. Apesar de não mostrar os rostos, a gravação expõe a influenciadora e suas filhas, que aparecem visivelmente desconfortáveis com a abordagem.

Kamila tentou explicar que a roda-gigante faz parte de um modelo de concessão pública que gera empregos, movimenta a economia local e oferece lazer com preço acessível à população. No entanto, ela foi interrompida repetidamente e tratada de maneira rude.

O episódio ganhou grande repercussão nas redes sociais e reacendeu o debate sobre:

✔ violência moral e intimidação contra mulheres, especialmente mulheres negras;

✔ os limites éticos na criação de conteúdo digital;

✔ o uso político de pautas simples, como preço de atrações de lazer;

✔ a crescente polarização em Manaus, onde qualquer tema se transforma em disputa ideológica.

Contexto político e tentativas de distorção

O episódio ocorre em um momento em que grupos opositores ao prefeito David Almeida têm intensificado críticas sobre o valor da atração. No entanto, comparações feitas em nível nacional mostram que o valor praticado em Manaus é significativamente inferior ao cobrado em outras capitais, onde o ingresso pode alcançar valores muito mais altos.

Profissionais da comunicação têm apontado que a cobrança da roda-gigante está sendo usada como pauta para alimentar disputas políticas e influenciar negativamente a opinião pública, mesmo sem respaldo nas informações reais sobre o modelo de concessão adotado.

Repercussão e nota de repúdio

Em nota pública, a jornalista Patrícia Trigueiro e proprietária do Portal Mix de Notícias, classificou a abordagem como uma forma de violência moral e intimidação, ressaltando que discordância não justifica ataques pessoais, especialmente contra uma mulher acompanhada de seus filhos.

Segundo Trigueiro, a internet não pode ser tratada como um ambiente sem regras, onde qualquer pessoa se sente autorizada a constranger, expor ou atacar outra sob o pretexto de “questionamento público”. Ela destacou, ainda, que o episódio reforça um padrão crescente de hostilidade direcionada a mulheres em ambientes digitais.

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